
O Vaticano informou nesta segunda-feira (21) que o papa Francisco morreu ao 88 anos. Em 13 de março, o pontífice comemorou 12 anos de pontificado.
Na ocasião, o líder religioso estava internado e passou o aniversário do pontificado em seu quarto no décimo andar do Policlínico Gemelli. Francisco recebeu alta dez dias depois, em 23 de março.
Durante a manhã do dia 13, uma missa de ação de graças por seus anos de papado foi celebrada na capela do hospital. Alguns fiéis levaram cartazes dando parabéns a Francisco e lembrando da sua importante eleição.
O Vaticano informou naquela manhã que Francisco havia passado uma noite tranquila.
Na manhã de sexta-feira (14) foi realizada uma missa para o pontífice na Capela Paulina no Palácio Apostólico. A cerimônia foi celebrada pelo Secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin e contou com a presença de embaixadores e do corpo diplomático credenciado junto à Santa Sé.
Durante as cinco semanas de internação, o líder católico passou os dias no hospital assistindo os exercícios espirituais da Quaresma que ocorriam na Sala Paulo VI, dentro da Cidade do Vaticano, além de tratamentos, orações, fisioterapia respiratória e motora.
Eleito para reformar
“Parece que os cardeais foram buscar o novo pontífice no fim do mundo”, foram as primeiras palavras de Francisco ditas aos fiéis na sacada da Basílica de São Pedro.
Era 13 de março de 2013, quando foi eleito o primeiro papa latino-americano da história e também o primeiro jesuíta.
Naquela noite, Francisco, o bispo de Roma, ao lado do amigo brasileiro, o cardeal Dom Cláudio Hummes, já indicava quais seriam as linhas do seu pontificado: a Igreja deve ter misericórdia, olhar para os marginalizados, estar presente nas periferias, e nunca esquecer os pobres.
Ele foi eleito para reformar. Vale lembrar que antes da eleição, diversos escândalos financeiros e de abusos sexuais estavam manchando a imagem da Igreja.
Além disso, um fato inédito nos últimos 600 anos de história marcou a eleição de Francisco: a renúncia de Bento XVI. A decisão do papa alemão de renunciar ao trono pontifício provocou um “terremoto” na Igreja Católica.