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Agência Nacional de Águas monitora contaminação por produtos químicos no rio após queda de ponte entre MA e TO
24 de dezembro de 2024 / 11:54
Foto: Francisco Sirianno

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) monitora a qualidade da água do rio Tocantins após a queda de uma ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, no domingo (22). Durante o desabamento, vários veículos que transitavam caíram, incluindo duas carretas que transportavam substâncias químicas.

Pelo menos oito veículos passavam pela ponte no momento do desastre. De acordo com a ANA, os caminhões transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.

A ANA, em parceira com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema), realizou coletas de amostras nessa segunda-feira (23). As amostras foram coletadas em cinco pontos do rio, desde a barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito até o município de Imperatriz, o qual fica a jusante (rio baixo) do ponto do desabamento.

A análise abrange parâmetros básicos e de maior complexidade da qualidade da água, com apoio técnico da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb-SP), referência em análise de água no país.

Riscos ambientais

Segundo o Ibama, além do Maranhão e Tocantins, a água contaminada também pode chegar ao Pará. De acordo com as notas fiscais dos veículos que caíram no rio, as cargas de transporte eram de ácido sulfúrico e pesticidas.

Entre os pesticidas estavam o Carnadine, nocivo se ingerido, tóxico se inalado e capaz de causar irritação na pele e nos olhos; o Pique 240SL, também nocivo se ingerido, causador de irritação na pele e irritação grave nos olhos, além de perigoso para organismos aquáticos; e o Tactor, que, embora não seja classificado como produto perigoso, pode provocar a morte de organismos aquáticos.

A equipe técnica do Núcleo de Prevenção e Atendimento a Emergências Ambientais (NUPAEM), do Ibama, chegou ao local nessa segunda-feira (23) para vistoriar a área.

O órgão acompanha a operação de retirada das substâncias, que será realizada por empresas especializadas contratadas pelas transportadoras responsáveis.

Como medida preventiva, foi recomendada a suspensão da captação de água para abastecimento público em cidades localizadas a jusante do local do acidente, incluindo municípios do Maranhão e do Tocantins.