Luzes brilhantes que cruzaram o céu na última sexta-feira (21) chamaram a atenção de moradores em várias cidades de Alagoas, gerando curiosidade e especulações sobre a sua origem. Muitas pessoas se perguntaram se os rastros luminosos poderiam ser meteoros, aviões ou até estrelas cadentes.

Em um vídeo que circulou nas redes sociais, é possível ouvir comentários de pessoas intrigadas com o fenômeno. “Olha, olha, olha! Meteoro caindo, meu povo!”, disse um espectador. Outro, porém, corrigiu: “É não, menino! É uma estrela cadente”.

A Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) esclareceu que o que foi avistado na verdade era lixo espacial resultante da reentrada dos restos de um foguete Electron, fabricado pela empresa Rocket Lab, da Nova Zelândia. Essa reentrada não representa riscos para as pessoas na Terra, já que a maior parte do material se vaporiza ao entrar na atmosfera.

O diretor técnico da Bramon, Marcelo Zurita, em entrevista, comentou que todo lançamento orbital gera resíduos espaciais. Ele afirmou: “Essa reentrada é segura, não tem nenhum risco para o pessoal em Terra, porque grande parte desse material está completamente vaporizado na reentrada atmosférica, mas como ultimamente tem tido muitos lançamentos, então a gente está tendo várias ocorrências dessas reentradas”.

Riscos do lixo espacial

Atualmente, milhões de detritos espaciais, acumulados ao longo de décadas de exploração, orbitam a Terra a milhares de quilômetros por hora. Mas qual é o verdadeiro risco que eles representam?

Segundo a Agência Espacial Europeia, o principal perigo é a possibilidade de colisões entre esses resíduos e satélites ativos ou naves espaciais tripuladas. Portanto, embora a reentrada de lixo espacial possa ser inofensiva, a presença desses detritos no espaço continua a ser uma preocupação crescente para a segurança das operações espaciais.

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