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Artesão do Piauí desenvolve equipamentos de academia em madeira para resistir à maresia
26 de agosto de 2025 / 11:48
Foto: Reprodução

Um artesão de Esperantina, no Piauí, inovou ao criar equipamentos de academia inteiramente feitos de madeira, como pesos, halteres e anilhas. A ideia surgiu após um cliente, proprietário de um hotel em Barra Grande, no município de Cajueiro da Praia, relatar problemas com a ferrugem causada pela maresia, que deteriorava rapidamente os equipamentos de ferro.

Domingos Viana, de 45 anos, explicou que o projeto demandou um extenso planejamento antes de sua execução. “Ele chegou com essa ideia e me mostrou um vídeo de um projeto parecido. Assim, começamos a adaptar. Foi muito planejamento para deixar tudo torneado. Para fazer todas as peças, eu usei madeira de pés de pequi, já arrancados e secos. A madeira do pequizeiro é muito resistente e dura bastante, mas precisa estar totalmente seca”, detalhou o artesão.

Após finalizar os primeiros equipamentos, Domingos produziu aparelhos semelhantes para outro hotel em Luís Correia, também no litoral piauiense. No total, foram criadas cerca de 36 peças, incluindo pesos, anilhas, halteres, suportes e bancos. Os equipamentos, que funcionam como os tradicionais, levaram aproximadamente dois meses para serem concluídos. Para a fabricação, o artesão desenvolveu sua própria máquina utilizando a caixa de câmbio de um carro antigo.

Um sonho realizado

Domingos compartilhou que a carpintaria sempre foi um sonho de infância. Desde pequeno, ele gostava de montar brinquedos de madeira, mas acabou se tornando metalúrgico. Há dez anos, decidiu seguir sua paixão e se dedicar ao trabalho com madeira. “Um dia, um amigo me perguntou se eu conseguiria fazer uma mesa de madeira pra ele, e eu decidi tentar. Foi o despertar de um sonho antigo, então decidi sair da metalúrgica e trabalhar apenas com madeira”, contou.

Além dos equipamentos de academia, Domingos também fabrica mesas, pilões, cadeiras, bancos e outras peças de madeira, sempre utilizando troncos de árvores já caídas. “Acho importante destacar que o ideal é não desmatar e arrancar árvores. Sempre uso troncos já caídos”, finalizou o artesão.