João Pessoa 24.13 nublado Recife 27.02 nublado Natal 27.12 nublado Maceió 25.69 nublado Salvador 26.98 céu limpo Fortaleza 30.07 algumas nuvens São Luís 31.11 nublado Teresina 33.84 algumas nuvens Aracaju 26.97 algumas nuvens
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprova diretrizes orçamentárias para 2026
10 de julho de 2025 / 22:59
Foto: Divulgação

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) aprovou, na última quinta-feira (10), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício financeiro de 2026, com um orçamento total estimado em R$ 23,5 bilhões.

Este orçamento abrange recursos do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e destina verbas a áreas prioritárias, como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura.

A proposta gerou intensos debates no plenário, especialmente em relação a cinco das quinze emendas que foram apresentadas durante a tramitação. A LDO serve como guia para o planejamento e a aplicação do dinheiro público pelo governo do RN em 2026, estabelecendo metas fiscais, prioridades e regras para o uso dos recursos pelos três Poderes.

O projeto, que foi enviado pelo Governo e precisava da aprovação da Assembleia Legislativa, visa garantir o equilíbrio das contas públicas e aumentar os investimentos nas áreas essenciais. Além disso, busca promover a transparência através de prazos, regras de fiscalização e espaço para emendas parlamentares, permitindo uma gestão mais eficiente e alinhada com as necessidades da população.

A votação foi a última atividade dos deputados estaduais antes do recesso parlamentar, que se estenderá até o dia 31 de julho. Durante esse período, apenas reuniões extraordinárias poderão ser convocadas pela presidência, com as atividades normais retornando em 1º de agosto.

Debate sobre as emendas

O deputado Francisco do PT, líder do governo, defendeu as emendas em discussão. Uma das emendas que não foi aprovada propunha a redução do limite de transposição, remanejamento e transferência de recursos entre os órgãos estaduais de 15% para 10%. Outro ponto polêmico foi a quarta emenda, que obriga o Executivo a pagar 50% das emendas individuais até junho e o restante até novembro, a qual foi aprovada pelos deputados.

O deputado Coronel Azevedo ressaltou a importância da quarta emenda, afirmando que ela respeita o orçamento participativo. No entanto, Francisco do PT alertou sobre a possível inconstitucionalidade da proposta, argumentando que sua implementação exigiria uma alteração na Constituição Estadual.

As emendas 12 e 14 ao projeto da LDO 2026 foram mantidas. A emenda 12 garante acesso direto aos sistemas do Executivo, promovendo a transparência ativa e o controle orçamentário, enquanto a emenda 14 determina que o Tribunal de Contas envie à Assembleia dados consolidados sobre a efetividade dos programas auditados, ampliando a base técnica para o debate orçamentário.

Orçamento Participativo

O debate também foi acirrado em torno da emenda que propunha a supressão do artigo 24 do projeto de lei, que estabelece que 0,5% da receita corrente líquida do Estado seja destinado ao Orçamento Participativo. A base governista argumentou que a manutenção da emenda enfraqueceria os movimentos sociais, enquanto a oposição criticou a proposta como ideológica.

Francisco do PT defendeu que a população tem o direito de opinar sobre a destinação dos recursos públicos, afirmando que retirar os 0,5% significaria desconsiderar a vontade de uma parte da população que participou das audiências públicas. Por outro lado, o deputado José Dias (PL), relator do projeto, afirmou que o Executivo ainda pode destinar o percentual que desejar ao Orçamento Participativo, enfatizando que a rejeição da emenda não implica em acabar com o orçamento participativo.

Por fim, a emenda 15, apresentada pelo deputado Coronel Azevedo (PL), que condicionava qualquer remanejamento de recursos destinados à publicidade e propaganda governamental à autorização legislativa específica, foi rejeitada.