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Assentados no Nordeste apostam em cultivo sustentável de caju
6 de setembro de 2025 / 21:52
Foto: Divulgação

Agricultores do assentamento Boa Esperança, localizado na Zona Rural de Jacaraú, no Litoral Norte da Paraíba, estão se dedicando ao cultivo sustentável do caju. Essa iniciativa visa transformar a região em uma referência nacional na produção dessa fruta.

Um exemplo é o casal Marcos de Oliveira e Joselma, que decidiu substituir as plantações de feijão e macaxeira pelo cultivo de caju. Após quatro anos dessa mudança, eles se preparam para mais uma safra promissora, com expectativa de colheita em cerca de quarenta a sessenta dias.

“O caju superou nossas expectativas, pois conseguimos vender tanto a castanha quanto a fruta em si”, comentou Marcos, que está na produção de caju há quatro anos.

A produção de caju tem um destino garantido: a merenda escolar do município, enquanto a castanha é destinada às famílias que realizam a queima, uma atividade pela qual Jacaraú é amplamente reconhecida.

Investimento na agricultura familiar

Embora Jacaraú seja famoso pelo beneficiamento da castanha, a maioria dela é adquirida de outros estados, o que torna o processo oneroso e menos lucrativo para os agricultores locais. Para aumentar a rentabilidade dos produtores, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançou um projeto de qualificação, permitindo que os agricultores cultivem caju em suas propriedades e, assim, mantenham a tradição da queima das castanhas sem depender de fornecedores externos.

  • “Eles compram castanha do Ceará, do Rio Grande do Norte e do Piauí. E eles querem então produzir essa castanha aqui. De início, vamos instalar uma unidade de referência, testar os materiais, trazer o pessoal para aprender e em seguida ampliar essa área de plantio. No próximo ano estamos com o projeto de ampliar essa área em vinte hectares”,
  • afirmou o pesquisador Marcos Bezerra, da Embrapa.

O projeto de qualificação, realizado na propriedade de Marcos de Oliveira, tem como meta proporcionar autonomia aos demais agricultores da região, permitindo que reproduzam a prática de forma sustentável em suas próprias terras, sem depender da produção de outros estados.