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Aumento de até 40% no consumo de caldo de cana nas lanchonetes no Nordeste com B-R-O Bró
16 de setembro de 2025 / 10:30
Foto: Divulgação

O fenômeno conhecido como B-R-O Bró, que abrange os últimos quatro meses do ano, é caracterizado pelas altas temperaturas em Teresina. Durante esse período, o consumo de caldo de cana-de-açúcar, uma bebida bastante popular na região, aumenta significativamente. Na área central da cidade, o preço do caldo varia entre R$ 4 e R$ 5, e o gerente de uma lanchonete na Rua Lisandro Nogueira, Raimundo Nonato, relatou um aumento de aproximadamente 40% na venda da bebida durante esse tempo.

Raimundo, que administra a lanchonete há 40 anos, destacou que essa tendência é recorrente: “Sempre notamos um aumento na procura por caldo de cana durante o calor. Este mês, especificamente, tivemos um crescimento de 40% em comparação aos meses anteriores. As pessoas buscam essa bebida não apenas para se refrescar, mas também por ser uma opção saudável.”

O pico de consumo ocorre principalmente no período da tarde, entre 14h e 18h, quando as temperaturas atingem seus níveis mais altos. “Embora Teresina seja quente durante todo o dia, a tarde é especialmente intensa. É nesse horário que as pessoas costumam parar para se refrescar com um caldo de cana”, acrescentou Raimundo.

A doméstica Rosimar da Silva, uma apreciadora da bebida, compartilhou sua experiência: “É uma bebida deliciosa, típica do nosso Piauí, acessível e natural. Ajuda muito a nos refrescar. Quem nunca experimentou, precisa provar para entender o quanto é gostoso.”

O aumento no consumo do caldo de cana não se limita apenas à lanchonete de Raimundo. Mateus Lopes, gerente de uma pastelaria na Rua Álvaro Mendes, também observou um crescimento nas vendas, embora em uma proporção diferente. Ele relatou que a demanda aumentou em cerca de 30%, com os clientes frequentemente solicitando o caldo bem gelado. No entanto, ele apontou que o movimento matutino é mais intenso devido a problemas no transporte público, que têm impactado o fluxo de clientes na região.

“Os clientes costumam vir pela manhã, pois a crise no transporte torna mais difícil retornar para casa no período da tarde. Essa situação tem afetado bastante os comerciantes locais”, comentou Mateus. Ele espera que a situação do transporte público melhore em breve, uma vez que isso também influencia o preço do caldo de cana, que precisa ser ajustado para cobrir os custos operacionais.