João Pessoa 31.13 algumas nuvens Recife 30.02 nublado Natal 30.12 algumas nuvens Maceió 31.69 nuvens dispersas Salvador 29.98 céu limpo Fortaleza 29.07 nuvens dispersas São Luís 29.11 nublado Teresina 30.84 nublado Aracaju 29.97 algumas nuvens
Bahia tinha quase metade da população abaixo da linha da pobreza em 2023, aponta IBGE
4 de dezembro de 2024 / 21:14
Foto: Reprodução/RBS TV

Embora o número de pessoas abaixo da linha de pobreza tenha chegado a seu menor patamar desde o início da série histórica, em 2012, a Bahia tinha ainda 46% ou 6,9 milhões de pessoas pobres em 2023. O número foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (4).

Por pessoa pobre, o IBGE entende aquela cuja renda domiciliar per capita mensal era menor que R$ 667. Como o Brasil não possui uma linha oficial de pobreza, esse critério monetário foi definido pelo Banco Mundial, considerando o valor de US$ 6,85 por dia em paridade de poder de compra.

A redução no índice da Bahia leva em conta os registros de 2022, quando o estado tinha 7,5 milhões de pessoas nesta situação. No último ano, a pobreza atingiu 6,9 milhões de habitantes — o número é o segundo maior entre os estados, abaixo apenas de São Paulo (7,8 milhões).

Em termos proporcionais, a Bahia passou a ocupar o sétimo lugar, uma posição a mais do que em 2022.

O índice de extrema pobreza também reduziu em 2023, com o total de pessoas extremamente pobres caindo 26%. Ainda assim, a Bahia continuou com o maior número absoluto de pessoas nessa condição: 1,3 milhão ou 8,8% da população. Em termos proporcionais, o estado ficou na sexta posição.

A situação de extrema pobreza retrata pessoas que vivem com rendimento domiciliar per capita mensal menor do que R$ 210. O valor corresponde a US$ 2,15 por dia em paridade de poder de compra, conforme critério do Banco Mundial.

Em Salvador, 34,4% da população estava abaixo da linha de pobreza monetária em 2023. A queda foi de menos 69 mil pessoas nessa situação, mas, ainda assim, a cidade subiu no ranking. No intervalo de um ano, passou de terceira para segunda capital com maior número absoluto de pobres: 1,006 milhão.

Em termos proporcionais, passou do oitavo para o quinto maior percentual de pessoas abaixo da linha de pobreza. Rio Branco, no Acre (43,5%), Recife, em Pernambuco (37,2%), Fortaleza, no Ceará (36,2%), e São Luís, no Maranhão (34,6%), ficaram acima de Salvador.

Por outro lado, a capital baiana teve uma redução mais expressiva no que se refere à extrema pobreza: em 2023, 185 mil pessoas eram extremamente pobres, o que representava 6,3% da população. A redução foi de 42,9% em comparação com o ano anterior.

Com isso, Salvador passou a ter o terceiro maior número absoluto e a quinta maior proporção de pessoas extremamente pobres entre as capitais. Em 2022, a cidade ocupava o segundo lugar em ambos os indicadores.