
Os blocos tradicionais de carnaval, que fazem parte da rica identidade cultural de São Luís, estão novamente em destaque nas ruas do Centro Histórico, graças à programação do circuito Vem Pro Centro, promovida pelo Governo do Maranhão.
Neste ano, as apresentações dos blocos ocorrem em palcos estrategicamente montados na região central da cidade, incluindo:
- Praça da Fé (Palco Joãozinho Trinta)
- Praça do Reggae (Palco Nêga Glícia)
- Praça dos Catraieiros (Palco Patativa)
- Praça da Faustina (Palco da Faustina)
- Beco Catarina Mina (Palco Catarina Mina)
Os registros históricos indicam que esses blocos têm suas origens na década de 1920, quando as “turmas” começavam a desfilar pelas ruas da cidade. Conhecidos também como Blocos de Ritmo, eles se destacam pela diversidade temática apresentada a cada carnaval.
A sonoridade dos blocos é uma fusão rítmica que incorpora uma variedade de instrumentos, como tambores, reco-recos, agogôs e afoxés, com o tempo, instrumentos como banjo, violão e cavaquinho também foram adicionados.
Para Magno Martins, presidente do Bloco Tradicional Gaviões do Ritmo, o resgate dos blocos é fundamental para a cultura local. Ele enfatiza a emoção que a participação no carnaval traz para os brincantes, afirmando que “fazer cultura é um prazer”. O Gaviões do Ritmo, fundado em 10 de dezembro de 1973, nasceu de um grupo de amigos que jogavam dominó e se reuniam na região do Lira, próximo ao Cemitério do Gavião.
Em 2025, o bloco contará com 140 integrantes e homenageará Maria Juliana, uma importante figura da cultura popular maranhense. “A nossa fantasia reflete a rica diversidade cultural que ela representa”, destacou Magno, referindo-se à homenagem que inclui o samba de autores locais.
O apoio do Governo do Maranhão tem sido crucial para a continuidade das tradições. Magno elogiou as iniciativas que promovem os desfiles dos blocos tradicionais, mobilizando mais de 15 grupos e revitalizando a cultura local.
Nielson Menezes, presidente do Bloco Tradicional Tropicais do Ritmo, compartilha da mesma visão, ressaltando que o carnaval é o ápice de um trabalho que se estende por quase um ano. O bloco, fundado em 2006, reúne cerca de 200 pessoas, incluindo costureiras e músicos, que se dedicam a manter viva a tradição.
Nielson expressou sua satisfação com o apoio governamental, afirmando que é gratificante ver o Estado incentivando as manifestações culturais maranhenses.
O secretário de Estado da Cultura, Yuri Arruda, reforçou a importância da presença dos blocos tradicionais na programação pré-carnavalesca, destacando que essa valorização cultural não apenas preserva a tradição, mas também impulsiona a economia criativa e o turismo, promovendo um carnaval autêntico e enraizado nas tradições locais.