
De acordo com dados atualizados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil é o sexto país com maior dívida na América Latina e do Caribe. A projeção do FMI indica que a dívida bruta do governo geral brasileiro deve alcançar 92,04% do PIB em 2025, valor que ultrapassa a média regional estimada em cerca de 71%.
No ranking divulgado, Brasil é o sexto país com maior dívida na América Latina e fica atrás apenas de países com desequilíbrios fiscais mais graves, como Venezuela (138,46%), Dominica (97,78%), Barbados (97,73%), São Vicente e Granadinas (93,55%) e Bolívia (92,40%).
O cálculo do FMI segue o padrão internacional GFSM 2014, que engloba todos os passivos do governo geral — incluindo títulos públicos, empréstimos e contas a pagar — para permitir comparações consistentes entre diferentes países, independentemente das metodologias nacionais adotadas.
Os dados do FMI divergem dos números oficiais do Banco Central, que calcula a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) pelo método nacional. Em outubro, segundo o Banco Central, a DBGG atingiu 78,6% do PIB, representando um aumento de 0,6 ponto percentual frente a setembro, influenciado pela apropriação de juros e pela queda do PIB nominal, totalizando um estoque de R$ 9,9 trilhões.
Apesar das diferentes metodologias, tanto o FMI quanto o Banco Central concordam que o Brasil mantém um endividamento elevado e acima da média das principais economias da América Latina. Esses dados reforçam a importância do monitoramento fiscal para o país, diante do cenário de altas dívidas públicas.