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Brasil inaugura maior fábrica de hemoderivados da América Latina no Nordeste
16 de agosto de 2025 / 13:05
Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou, nesta quinta-feira (14), a Fábrica de Hemoderivados da Hemobrás, considerada a maior da América Latina. Localizada em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, a unidade é um marco para a produção nacional de medicamentos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), fortalecendo a autossuficiência brasileira no setor e reduzindo a dependência de importações.

Com investimento superior a R$ 1,9 bilhão, a nova planta vai beneficiar milhões de brasileiros com medicamentos essenciais no tratamento de hemofilia, doenças raras, queimaduras graves e terapias intensivas. Além disso, a operação deve gerar 2 mil empregos diretos e 8 mil indiretos, impulsionando a economia regional e nacional.

Soberania e impacto no Nordeste

A princípio, a instalação da fábrica em Pernambuco reforça o papel estratégico do Nordeste no desenvolvimento tecnológico e industrial do país. Segundo Lula, a Hemobrás simboliza a soberania nacional ao garantir que medicamentos de alto custo sejam produzidos no Brasil, de forma gratuita e acessível à população.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o “marco dos cinco S” representados pela inauguração: Saúde, SUS, Segurança, Soberania e o orgulho de um “Brasil com S”, que investe em tecnologia e vida.

Para a vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, o momento marca um passo decisivo para a autossuficiência do país: “Entramos em uma nova fase de produção nacional de medicamentos como albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação VIII e IX”.

Avanços e produção nacional

Ao mesmo tempo, a Hemobrás já é responsável por fornecer ao SUS medicamentos derivados do sangue e obtidos por engenharia genética. Além disso, em 2024, a estatal entregou 552 mil frascos de hemoderivados e 870 milhões de unidades internacionais de medicamentos recombinantes.

Com a nova fábrica, a previsão é processar até 500 mil litros de plasma por ano e produzir seis tipos de medicamentos, reduzindo custos, fortalecendo a indústria nacional e garantindo maior segurança sanitária.

Como funciona

O plasma utilizado vem de doações voluntárias coletadas em 72 hemocentros e serviços de hemoterapia em todo o Brasil. Antes, parte desse insumo tinha processamento no exterior. Agora, com a ampliação da estrutura, grande parte da produção será feita em território nacional, fortalecendo o Complexo Econômico-Industrial da Saúde.