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Brasil registra 16 casos confirmados de intoxicação por metanol e 209 suspeitos, revela boletim do Ministério da Saúde
6 de outubro de 2025 / 12:55
Foto: Divulgação

O Governo de São Paulo confirmou a segunda morte relacionada à intoxicação por metanol, elevando o total de notificações no Brasil para 225, conforme o último balanço do Ministério da Saúde, divulgado na noite deste domingo (5).

O metanol, um álcool utilizado industrialmente em solventes e produtos químicos, é extremamente perigoso quando ingerido. Ele afeta inicialmente o fígado, que o converte em substâncias tóxicas que podem comprometer a medula espinhal, o cérebro e o nervo óptico, resultando em cegueira, coma e até morte. Além disso, pode causar insuficiência pulmonar e renal.

Atualmente, há 16 casos confirmados e 209 em investigação. O número de estados com registros de intoxicação caiu para 13, após a exclusão dos casos da Bahia e do Espírito Santo. O Ceará, por sua vez, notificou seu primeiro caso suspeito. Dentre os 225 casos, 15 resultaram em óbitos, dos quais 13 estão sob investigação. A maior concentração de casos está em São Paulo, com 14 confirmações e 178 suspeitas.

Distribuição de Antídotos

O Ministério da Saúde também anunciou o início da distribuição de etanol farmacêutico, um dos antídotos utilizados no tratamento de intoxicações por metanol, para os estados que solicitaram reforço de estoque. Na primeira remessa, foram enviadas 580 ampolas para cinco estados: 240 para Pernambuco, 100 para o Paraná, 90 para a Bahia, 90 para o Distrito Federal e 60 para Mato Grosso do Sul.

Além do etanol farmacêutico, o ministério firmou um contrato para adquirir 2,5 mil unidades de fomepizol, outro medicamento antídoto para intoxicações, que será importado do Japão e deve chegar ao Brasil na próxima semana.

Histórias de Vítimas

Embora as autoridades não tenham divulgado oficialmente a identidade das vítimas, algumas histórias foram reveladas. Entre os afetados estão:

  • Rafael Anjos Martins: Aos 28 anos, ele comprou gin em uma adega na Zona Sul de São Paulo e, após consumir a bebida, começou a passar mal. Atualmente, está em coma na UTI, com danos ao cérebro e nervo óptico.

  • Radharani Domingos: A designer de interiores de 43 anos perdeu a visão após consumir caipirinhas em um bar na Alameda Lorena. Internada na UTI, ela sofreu convulsões e está em tratamento para tentar recuperar a visão.

  • Bruna Araújo de Souza: Aos 30 anos, Bruna foi internada após consumir vodca em um show de pagode. Ela apresenta sintomas graves e está entubada no Hospital de Clínicas de São Bernardo.

  • Wesley Pereira: Com 31 anos, Wesley passou mal após consumir uísque em uma festa. Desde então, está internado e enfrenta complicações graves, incluindo um AVC.

  • Marcelo Lombardi: O advogado de 45 anos morreu após ingerir vodca adulterada. Ele acordou desorientado e sem visão, levando à sua morte por falência múltipla dos órgãos.

Esses casos ressaltam a gravidade da situação, levando as autoridades a intensificarem as investigações e ações de saúde pública para prevenir novas intoxicações.