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Brasil registra 24 casos confirmados de intoxicação por metanol, informa ministério
9 de outubro de 2025 / 11:48
Foto: Divulgação

O metanol, uma substância tóxica frequentemente encontrada em bebidas alcoólicas adulteradas, pode causar sérios danos ao organismo. O Ministério da Saúde e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) emitiram diretrizes para profissionais de saúde sobre como identificar e tratar casos de intoxicação por metanol, especialmente após um aumento no número de casos relacionados ao consumo dessas bebidas.

Nas primeiras 12 horas após a ingestão de metanol, os sintomas iniciais podem incluir dor de cabeça, tontura e náuseas. Após 24 horas, a situação pode se agravar, levando a complicações mais sérias como dificuldade respiratória e comprometimento da visão. Em até 48 horas, a intoxicação pode resultar em coma ou até morte, se não for tratada adequadamente.

Para enfrentar essa situação, o Ministério da Saúde está implementando uma série de medidas para apoiar o estado de São Paulo na confirmação de casos suspeitos de intoxicação. O ministro Alexandre Padilha comentou sobre a necessidade de acelerar o processo de confirmação ou descarte dos casos. Uma sala de situação foi criada para monitorar a evolução dos casos e desenvolver estratégias de resposta.

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp irá aumentar sua capacidade de análise, podendo realizar até 190 exames diários. Além disso, a Fiocruz disponibilizará seu laboratório para auxiliar os estados, com o objetivo de estabelecer uma estrutura permanente para a análise de intoxicações químicas, não apenas durante o surto atual.

Outra ação importante é a chegada do fomepizol, um medicamento importado que inibe os efeitos tóxicos do metanol. O lote do fármaco, que deve chegar dos Estados Unidos, será distribuído para centros de toxicologia em todo o Brasil. Cada paciente adulto pode necessitar de duas a quatro ampolas desse remédio para um tratamento eficaz.

Além das medidas de tratamento, é fundamental que a população esteja informada sobre os riscos do consumo de bebidas alcoólicas. É essencial considerar:

  • Se é seguro consumir cerveja, vinho ou chope, especialmente em relação ao metanol;
  • Por que algumas pessoas podem ter reações mais severas, o que pode ser explicado por fatores genéticos;
  • Como o metanol é introduzido nas bebidas alcoólicas e as razões financeiras por trás dessa prática;
  • Como descartar garrafas de destilados para evitar a falsificação.

A detecção de metanol em bebidas só pode ser realizada por meio de testes laboratoriais, reforçando a importância de uma análise cuidadosa para evitar intoxicações.