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Brasil registra a maior apreensão de armadilhas de lagostas da história
13 de fevereiro de 2025 / 15:25
Foto: Divulgação

Uma grande operação realizada no litoral do Ceará resultou na maior apreensão de armadilhas de lagosta já registrada no Brasil, segundo informações da Receita Federal. Os equipamentos apreendidos estavam prontos para serem lançados ao mar durante o período de defeso, que é a fase em que a pesca do crustáceo é proibida para garantir a sua reprodução.

Durante o defeso, a suspensão da pesca da lagosta é crucial, pois esse é o momento em que o animal se reproduz. Ambientalistas alertam que a pesca predatória nesse período pode levar à extinção da lagosta.

A operação, denominada Marambaia, contou com a participação da Receita Federal, do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil, da Polícia Militar do Ceará e da siderúrgica ArcelorMittal, sob a coordenação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Durante a ação, foram apreendidas 5 mil marambaias, como são conhecidas as armadilhas de lagosta. O material ilegal foi identificado por meio de imagens de satélite, uma tecnologia utilizada nas investigações. A operação é estimada para evitar a captura ilegal de dezenas de toneladas de lagosta somente em 2025, contribuindo para a proteção da biodiversidade marinha e a sustentabilidade da atividade pesqueira.

O Ceará e a Lagosta

O Ceará se destaca como o maior produtor e exportador de lagosta do Brasil, movimentando cerca de R$ 1,5 bilhão em vendas internacionais do produto nos últimos cinco anos. A Receita Federal anunciou que intensificará a fiscalização das exportações para prevenir a comercialização de recursos extraídos de forma ilegal.

A operação envolveu um total de

  • 4 auditores-fiscais da Receita Federal
  • 6 agentes do Ibama
  • 32 policiais militares
  • 60 militares do Exército
  • 20 da Marinha

para carregar e descarregar as 5 mil marambaias. Todo o material apreendido será enviado para a siderúrgica ArcelorMittal, localizada em Pecém (CE), onde será fundido e inutilizado permanentemente. A empresa colaborou com o transporte e a infraestrutura necessária para a destruição dos equipamentos.

A ação coordenada pela Abin destacou a importância da integração entre órgãos de inteligência, segurança e meio ambiente. Para a Abin, operações como essa são essenciais para a preservação das espécies e a promoção da economia legal.