
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, fez um pronunciamento na tarde desta quinta-feira (31) sobre os impactos do novo “tarifaço” de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, tem gerado preocupações em diversos setores da economia e entre os consumidores, especialmente no Ceará, que é um dos estados mais afetados.
O governador afirmou que está tomando medidas para mitigar os prejuízos que essa nova taxação pode causar, a partir do dia 6 de agosto. Em suas declarações, Elmano destacou a importância de agir rapidamente para proteger os produtores locais e a economia do estado, afirmando: “Farei o que estiver ao meu alcance para que nossos produtores e nossa economia não sofram tantas consequências”.
Estratégias do Ceará para enfrentar o tarifaço:
- Reuniões com setores afetados: O governo realizará encontros com representantes de setores como pescados, castanha de caju, água de coco, cera, couros e calçados. O objetivo é ouvir as demandas e preocupações de cada setor e buscar soluções conjuntas.
- Agilidade nas exportações: O governo estadual está agilizando o processo de exportação para os Estados Unidos antes da implementação das novas tarifas. Elmano está em contato com a Receita Federal e o Ibama para facilitar o desembaraço das mercadorias no Porto do Mucuripe.
- Exploração de novos mercados: O Ceará também está buscando diversificar seus mercados. O governador já tem uma reunião agendada com o Consulado da China para discutir oportunidades de negócios.
- Compra de mercadorias locais: Elmano mencionou a possibilidade de adquirir produtos cearenses, especialmente perecíveis, para programas sociais e equipamentos públicos, visando ajudar os produtores locais.
O tarifaço é uma preocupação significativa, pois os Estados Unidos são o principal mercado para as exportações cearenses. Em 2024, 44,9% das exportações do Ceará foram destinadas aos americanos, com destaque para produtos como aço, pescados, sucos e castanhas. No primeiro semestre de 2025, essa porcentagem aumentou para 51%.
A taxação afetará diretamente o setor de pescados, que é um dos mais dependentes do mercado americano. No entanto, produtos de siderurgia, que representam uma parte significativa das exportações cearenses, foram isentos das novas tarifas.
Elmano enfatizou a necessidade de união entre os setores e a população para enfrentar os desafios impostos pelo tarifaço, destacando que “o momento é da união de todos nós que queremos o bem do nosso estado”. Ele concluiu que o governo seguirá firme na busca de soluções para minimizar os impactos da taxação sobre a economia cearense.