O estado do Ceará confirmou a presença do primeiro foco de gripe aviária em aves domésticas, especificamente em uma propriedade rural destinada à subsistência, localizada no município de Quixeramobim, no Sertão Central. A informação foi divulgada pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) na quinta-feira, 17 de agosto, após a análise de amostras que foram enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuário (LFDA), em Campinas, no dia 8 de julho.

Em resposta à confirmação, a Adagri iniciou na sexta-feira, 18 de agosto, as ações estipuladas pelo Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, que é coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Essas ações incluem a interdição da propriedade afetada e a eutanásia das aves, seguindo os protocolos de saneamento estabelecidos.

Além disso, a agência está realizando uma investigação complementar em um raio de 10 quilômetros ao redor da área onde o foco foi identificado, buscando possíveis conexões com outras propriedades.

Segurança no consumo de aves

A Adagri assegurou à população que o consumo de carne de aves e ovos, tanto os armazenados em casa quanto os vendidos no comércio, é seguro. A doença não é transmitida pelo consumo desses produtos, portanto, não há restrições em relação ao seu consumo.

É importante destacar que, anteriormente, o Ceará havia investigado um caso suspeito de gripe aviária em uma criação de subsistência na localidade de Salitre, mas esse caso foi descartado.

Informações sobre a gripe aviária

A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) é um subtipo do vírus Influenza que afeta, principalmente, as aves. Os vírus Influenza são classificados em dois grupos: Baixa Patogenicidade (LPAI) e Alta Patogenicidade (HPAI).

Desde a chegada da H5N1 ao Brasil, em 15 de maio de 2023, o país já investigou quase 3 mil casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa em aves. O primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial foi detectado em maio deste ano, no Rio Grande do Sul.