
As bacias hidrográficas do norte do Ceará estão em uma condição favorável, com os reservatórios apresentando volumes superiores a 70% de sua capacidade total. Após as chuvas que ocorreram no início deste ano, 14 açudes já sangraram em 2025, contribuindo para que o estado encerrasse fevereiro com 44,4% das reservas hídricas acumuladas nos açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Os açudes que sangraram até agora incluem:
- Acaraú Mirim
- Arrebita
- Forquilha
- Jenipapo
- São Vicente
- Caldeirões
- Itapajé
- Gerardo Atimbone
- Quandu
- São Pedro Timbaúba
- Cauhipe
- Germinal
- Maranguapinho
- Pesqueiro
- Tijuquinha
- Sucesso
O Açude Banabuiú, por sua vez, atingiu 35% de sua capacidade, enquanto o Castanhão, o maior reservatório do estado, que em 2018 chegou a ter apenas 2,1% de volume, atualmente acumula 27%. O Açude Orós, que é o segundo maior do Ceará, apresenta uma situação mais confortável, com 60% de sua capacidade total.
É importante ressaltar que a distribuição das chuvas não é uniforme em todo o estado. O presidente da Cogerh, Yuri Castro, destacou que a recarga dos açudes depende de vários fatores. “Nem sempre a chuva resulta em aportes. Mesmo chuvas acima da média necessitam de constância e precisam ocorrer nos locais adequados para que haja escoamento e, consequentemente, aportes”, explicou.
Apesar do cenário positivo em algumas regiões, a situação ainda requer atenção em áreas como os Sertões de Crateús, onde os açudes acumulam menos de 20%, e no Médio Jaguaribe, que apresenta volumes inferiores a 30%.