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Cenários da soja, combustível e celulose: principais produtos exportados pelo Nordeste no primeiro semestre de 2025
25 de julho de 2025 / 12:36
Foto: Divulgação

Um economista da Superintendência de Estudos Econômicos (SEI) analisou os efeitos do aumento de tarifas imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as exportações da Bahia. No primeiro semestre de 2025, a soja, o combustível, a celulose, o ouro e o algodão foram os principais produtos exportados pelo estado, totalizando US$ 5,3 bilhões, representando mais da metade das vendas externas da Bahia.

A China se destaca como o principal destino das exportações baianas, respondendo por 23,6% do total, seguida pelo Canadá (9,4%), Estados Unidos (8,3%), Singapura (7,9%) e Argentina (6,2%). O gerente do Observatório da FIEB, Ricardo Menezes Kawabe, destacou a importância da China como parceira comercial, especialmente na compra de commodities agrícolas e minerais, como a celulose e a soja.

No entanto, o comércio exterior da Bahia enfrentou uma queda de 1,36% no volume de negócios em comparação ao mesmo período de 2024, atribuída à diminuição dos preços internacionais e à redução da demanda por produtos exportados.

As tarifas de 50% anunciadas por Trump geram preocupação entre os produtores baianos, que temem a possibilidade de perder contratos. Kawabe ressaltou que as expectativas para o segundo semestre dependem das negociações em torno dessas tarifas. Se não houver acordo, o impacto negativo sobre o comércio exterior da Bahia e do Brasil pode ser significativo.

O economista também mencionou que o governo da Bahia e o setor privado estão se mobilizando para tentar reverter ou negociar as tarifas. Ele enfatizou que, caso as tarifas sejam confirmadas, será necessário oferecer apoio às empresas afetadas, uma vez que o aumento de tarifas pode inviabilizar os negócios.

No primeiro semestre de 2025, a Bahia se posicionou como o décimo estado brasileiro que mais exportou para os Estados Unidos, representando 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. A maior parte dos produtos exportados para os EUA provém da indústria de transformação, incluindo celulose, manteiga, pneus, combustíveis, café e água de coco.

A soja, que agora lidera as exportações baianas, teve um volume estimado de 8,61 milhões de toneladas, representando um crescimento de 14,3% em relação a 2024. A área plantada com soja na Bahia é de cerca de 2,14 milhões de hectares, com um rendimento médio de 4,01 toneladas por hectare.

Além disso, o óleo combustível, que representa 13% das exportações baianas, teve um aumento nas vendas devido à valorização das commodities, impulsionada pela recuperação do consumo global pós-pandemia e pela guerra entre Ucrânia e Rússia, que afetou o mercado de petróleo.

A produção de óleo combustível na Bahia é concentrada em cidades como São Francisco do Conde, Dias D’Ávila, Camaçari e Candeias, todas localizadas na Região Metropolitana de Salvador.

A nova temporada do programa “Onde Tem Bahia” também destaca a importância da economia do mar para o desenvolvimento do estado, com episódios que serão exibidos na TV Bahia e nas redes sociais, ampliando a visibilidade dos produtos e soluções criadas na Bahia.