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Censo 2022 revela que a Bahia é o terceiro maior estado do Brasil em diversidade de etnias indígenas
24 de outubro de 2025 / 10:39
Foto: Divulgação

A Bahia se destaca como o terceiro estado do Brasil com a maior diversidade de etnias indígenas, conforme revelam os dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (24).

Entre 2010 e 2022, o número de etnias indígenas na Bahia aumentou de 165 para 233, representando um crescimento significativo. O estado registrou o segundo maior aumento absoluto de etnias, com 68 novas etnias, empatando com Goiás e ficando atrás apenas do Amazonas, que teve um incremento de 109 etnias.

Em termos de autodeclaração, em 2022, 38,5% dos 229,4 mil indígenas da Bahia, ou seja, 88.417 pessoas, relataram pertencer a pelo menos uma etnia. A distribuição é a seguinte:

  • Pataxó: 35.291 indivíduos (38,7%);
  • Tupinambá: 15.842 indivíduos (17,4%);

Além disso, a Bahia abriga as maiores populações de diversas etnias, incluindo Pataxó Hã-Hã-Hãe (7.033), Kiriri (5.189), Tumbalalá (3.774), Pankararé (2.520), Tuxá (2.494) e Kaimbé (1.771).

Apesar do aumento no número de indígenas que se identificam com uma etnia, a proporção de pessoas que informaram sua etnia na Bahia é inferior à média nacional, que é de 74,5%, correspondendo a 1,3 milhão de pessoas. A Bahia ficou em quinto lugar entre os estados com a menor taxa de autodeclaração.

Em comparação a 2010, embora o número de indivíduos que se identificam com pelo menos uma etnia indígena tenha quase triplicado, de 32.273 para 88.417 (um aumento de 174,0%), a participação desse grupo no total de indígenas caiu de 52,9% para 38,5%.

No que diz respeito às línguas indígenas, apenas 3,3% dos indígenas na Bahia (7.489 pessoas) falam ou utilizam alguma língua indígena em seus lares. Essa proporção é uma das mais baixas do Brasil, tendo diminuído em relação aos 4% registrados em 2010. As cinco línguas indígenas mais faladas no estado concentram 84,9% dos falantes, com a língua Pataxó sendo a mais comum, falada por 61,5% dos indivíduos. Notavelmente, a língua Kipéa, associada à etnia Kiriri, foi novamente registrada após ser considerada extinta no Censo de 2010.

Com mais de 10 etnias registradas, a Bahia mantém a segunda maior população indígena do Brasil, com mais de 90% dessa população vivendo fora de territórios étnicos.