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Censo 2022 revela que mulheres da Paraíba têm filhos, em média, após os 27 anos
27 de junho de 2025 / 21:20
Foto: Divulgação

Dados recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que na Paraíba a maternidade está ocorrendo cada vez mais tarde. A pesquisa indica que a idade média para o nascimento do primeiro filho entre as mulheres paraibanas é de 27,7 anos, um aumento em relação aos 26,4 anos registrados em 2010. Essa elevação de 5% reflete uma tendência observada em todo o Brasil, onde o adiamento da maternidade está associado a fatores como o maior acesso à educação, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e o uso de métodos contraceptivos.

A média de 27,7 anos na Paraíba é equivalente à do Nordeste e ligeiramente inferior à média nacional, que é de 28,1 anos.

Queda na média de filhos por mulher

Além disso, a Paraíba registrou a quarta maior redução na média de filhos por mulher entre todas as Unidades da Federação. Em 2010, as mulheres na faixa etária de 50 a 59 anos tinham, em média, 3,8 filhos, enquanto em 2022 essa média caiu para 2,4 filhos, resultando em uma diminuição de 36,1%.

A Taxa de Fecundidade Total (TFT) no estado foi de 1,61 em 2022, posicionando a Paraíba como a 12ª menor taxa do país e abaixo do nível de reposição populacional, que é de 2,1.

Aumento no número de mulheres sem filhos

Outro dado relevante é que 15,4% das mulheres paraibanas de 50 a 59 anos nunca tiveram filhos, um aumento em relação aos 12% registrados em 2010. Essa alta de 3,4 pontos percentuais demonstra uma mudança significativa no comportamento reprodutivo da população. A Paraíba ocupa o nono maior percentual do país de mulheres sem filhos nessa faixa etária, embora ainda esteja abaixo da média nacional de 16,1%.

Essa mudança está ligada ao adiamento da maternidade e à diminuição do desejo de ter filhos, conforme aponta o IBGE.

Influência da escolaridade e raça na idade da maternidade

A idade média da fecundidade também varia conforme o nível de instrução e a cor ou raça das mulheres. Entre os grupos raciais, as mulheres brancas aumentaram sua média de fecundidade de 26,7 para 29 anos, enquanto as mulheres pardas passaram de 26,2 para 27,5 anos. As mulheres pretas registraram o menor avanço, indo de 26,4 para 26,8 anos.

No que diz respeito à escolaridade, as mulheres com ensino médio completo e superior incompleto foram as que mais postergaram a maternidade, com um aumento de 1,2 anos. As mulheres sem instrução ou com fundamental incompleto passaram de 25,3 para 26,2 anos, enquanto aquelas com ensino fundamental completo até médio incompleto tiveram uma média de 27,3 anos. Curiosamente, as mulheres com ensino superior completo viram a média cair de 31 para 27,3 anos no mesmo período.

Esses dados evidenciam mudanças significativas nas dinâmicas familiares e nas escolhas reprodutivas das mulheres na Paraíba e em todo o Brasil.