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Censo do IBGE revela que Alagoas possui 33 mil diagnósticos de autismo
26 de maio de 2025 / 11:17
Foto: Divulgação

Alagoas registra aproximadamente 33 mil pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), conforme dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, o número total de pessoas com esse diagnóstico ultrapassa os dois milhões, representando cerca de 1,2% da população nacional. A região Sudeste é a que apresenta maior incidência, com São Paulo contabilizando mais de 500 mil casos.

Os dados foram divulgados na sexta-feira (23) e refletem informações sobre a proporção de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência. A inclusão do autismo no censo foi possibilitada pela Lei nº 13.861, sancionada em julho de 2019, que modificou a Lei nº 7.853 de 1989, permitindo que as especificidades do TEA fossem consideradas nas estatísticas demográficas.

Entre os diagnosticados em Alagoas, a maior prevalência é observada em homens (1,3%) e em pessoas brancas (1,2%). O TEA é mais comum entre crianças e adolescentes de 6 a 14 anos no estado.

Definição do TEA

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno do Espectro Autista abrange uma série de condições que afetam o comportamento social, a comunicação e a linguagem, além de envolver interesses e atividades que são específicas e repetitivas para cada indivíduo.

Ainda segundo o Censo, cerca de 11.485 pessoas diagnosticadas com TEA em Alagoas estão matriculadas em instituições de ensino ou já possuem algum tipo de especialização. Dentre elas, 381 frequentam cursos superiores, 58 têm especialização e 21 possuem mestrado.

A divulgação dos dados pelo IBGE é considerada um marco histórico, pois traz à tona a necessidade de desenvolver políticas públicas mais eficazes. “Ter esses dados sistematizados é um avanço significativo para o planejamento de ações de cuidado, mas também revela o quanto ainda precisamos progredir na estruturação dos serviços disponíveis”, afirma a neuropsicóloga Samantha Maranhão, especialista no atendimento a pessoas com autismo.

Recentemente, foi registrado que 200 mil alunos com autismo foram matriculados em escolas comuns, o que demonstra um esforço crescente para a inclusão desse público no sistema educacional.