
Quase 33 mil pessoas residem em áreas de conservação na Paraíba, segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (15). O levantamento indica que 32.802 indivíduos vivem em unidades de conservação no estado, com a maioria dessas pessoas situada em áreas urbanas.
De acordo com o IBGE, as unidades de conservação são regiões onde os recursos ambientais são considerados de grande importância, sendo oficialmente designadas pelo Poder Público para fins de preservação. Os dados foram coletados durante o Censo 2022 e representam aproximadamente 0,83% da população total da Paraíba. Dentre os residentes nessas áreas, cerca de 31.753 pessoas, ou 96,8%, estão localizadas em unidades de conservação urbanas.
O levantamento do IBGE também revela que as áreas de conservação na Paraíba são predominantemente de uso sustentável, abrigando 31.673 pessoas, o que equivale a 96,6% da população que vive em regiões protegidas no estado. Essas áreas têm como objetivo equilibrar a conservação ambiental com o bem-estar das comunidades locais.
Além disso, existem outras categorias de uso sustentável definidas pelo órgão, incluindo:
- Áreas de Relevante Interesse Ecológico: 212 moradores
- Florestas: 21 moradores
Entre as Unidades de Proteção Integral, os Parques destacam-se como as mais populosas, com 970 residentes. Outras categorias, como Reservas Extrativistas e Refúgios de Vida Silvestre, apresentam um uso mais restrito dos recursos naturais, com 7 e 70 moradores, respectivamente.
A análise demográfica da população paraibana que reside em áreas de conservação revela que a maioria se identifica como parda, totalizando cerca de 16.644 pessoas. Além disso, 6% da população dessas unidades se declara preta. Esses dados refletem a presença significativa de grupos tradicionalmente associados a comunidades rurais e tradicionais, como quilombolas e indígenas.
Em relação à faixa etária, há uma predominância de jovens e adultos em idade ativa, com mais de 12 mil pessoas entre 15 e 39 anos. Os domicílios nessas áreas somam aproximadamente 10.942, e a taxa de alfabetização é alta, com 79,98% da população alfabetizada.
Os indígenas constituem 23,41% da população residente em Unidades de Conservação, totalizando 7.678 indivíduos, enquanto os quilombolas representam apenas 0,28% do total.