
Mais de 90 milhões de brasileiros, representando 51% da população, estão atualmente em alguma forma de união conjugal, conforme dados preliminares do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (5). Em comparação com 2010, quando 81 milhões de pessoas (cerca de 50% da população) viviam em união, houve um aumento significativo.
No Ceará, um aspecto notável é a relação entre a falta de religião e a informalidade das uniões. Entre os indivíduos com 10 anos ou mais que estão em união conjugal e não possuem religião, impressionantes 62,6% estão em uniões consensuais, ou seja, não formalizadas por casamento civil ou religioso.
O estado também apresenta uma característica distinta em relação à composição das uniões: 1,7% das pessoas com 10 anos ou mais em união conjugal são mulheres, um número superior à média nacional, que é de 1,3%.
União Estável e Religião no Ceará
O IBGE aponta que a união estável no Ceará está fortemente ligada à religião. Um mapa divulgado revela o percentual de pessoas em união conjugal, assim como aquelas que estão separadas ou nunca viveram com um cônjuge ou companheiro.
Solidão Domiciliar
O Ceará ocupa a terceira posição entre os estados do Nordeste em relação a domicílios unipessoais, com 16,3% de seus lares sendo habitados por apenas uma pessoa. Entretanto, o perfil desses moradores solitários no estado é diferente da média nacional.
Enquanto no Brasil a distribuição entre homens e mulheres que vivem sozinhos é praticamente equilibrada (50,2% para cada), no Ceará, os homens predominam, representando 54,6% dos domicílios unipessoais.
Além disso, a questão racial é significativa: 60,1% das pessoas que moram sozinhas no estado se identificam como pardas, um percentual que supera os 40,5% observados em nível nacional.