João Pessoa 28.13 nuvens dispersas Recife 28.02 nuvens dispersas Natal 28.12 nuvens dispersas Maceió 29.69 algumas nuvens Salvador 27.98 nublado Fortaleza 29.07 céu limpo São Luís 30.11 algumas nuvens Teresina 34.84 nuvens dispersas Aracaju 27.97 nuvens dispersas
Como o brasil tirou quase 9 milhões de pessoas da extrema pobreza
4 de dezembro de 2025 / 16:37
Foto: Divulgação

Em 2024, o Brasil registrou um avanço significativo na redução da extrema pobreza ao retirar mais de 8,6 milhões de pessoas dessa condição. Esse número equivale quase à população da cidade de Nova York ou mais que o dobro da população do Paraguai. Segundo dados do IBGE, a proporção de brasileiros vivendo em situação de pobreza caiu de 27,3% em 2023 para 23,1% em 2024, representando o menor índice desde o início desse monitoramento, em 2012.

Sair da linha da pobreza significa vencer um limite definido pelo Banco Mundial, que considera pobre quem vive com menos de US$ 6,85 ao dia, equivalente a cerca de R$ 694 mensais. Essa quantia mal cobre despesas básicas como alimentação, transporte e remédios, o que torna essa conquista ainda mais relevante. Em números absolutos, a população nessa dificuldade caiu de 57,6 milhões em 2023 para 48,9 milhões em 2024.

Esse avanço foi possibilitado principalmente por dois fatores: a melhora do mercado de trabalho, que gerou mais empregos e renda, e o fortalecimento de programas sociais como o Bolsa Família, que passaram a atender mais beneficiários e a oferecer valores maiores. Essa combinação proporcionou um complemento de renda essencial para diversas famílias brasileiras.

Ainda assim, a desigualdade permanece uma barreira a ser superada. A pobreza varia conforme as regiões do país e características raciais da população. Enquanto o Nordeste apresenta a maior taxa de pobres, com 39,4%, o Sul e o Centro-Oeste têm os menores índices, próximos a 11,2% e 15,4%, respectivamente. Racialmente, populações preta e parda enfrentam maior pobreza e extrema pobreza em comparação à população branca.

A situação dos extremamente pobres, que vivem com até US$ 2,15 por dia (cerca de R$ 218 mensais), também melhorou: aproximadamente 1,9 milhão de pessoas saíram dessa grave condição em 2024. Isso demonstra a importância dos programas sociais, cujo impacto é evidente em estudos que indicam que, sem eles, a pobreza seria ainda mais acentuada, especialmente entre os idosos.

Dessa forma, os números refletem um caminho promissor e mostram que o aumento do emprego, aliado a políticas sociais eficazes, pode transformar a vida de milhões de famílias. Apesar dos progressos celebrados, o desafio continua para que a redução da pobreza alcance com maior intensidade as regiões Norte e Nordeste e as populações negra e parda, que ainda enfrentam os maiores obstáculos para a igualdade e dignidade.