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Construção civil privada como solução para o déficit habitacional no Maranhão
20 de novembro de 2025 / 13:05
Foto: Divulgação

O Maranhão enfrenta um dos maiores déficits habitacionais da região Nordeste, com um total de 319.543 moradias em falta, conforme levantamento da Fundação João Pinheiro. Dentre essas, 39.142 estão localizadas na Grande São Luís, destacando o desafio de proporcionar moradia digna a milhares de famílias.

A importância da construção civil na redução do déficit habitacional

O déficit habitacional é composto por diversas situações, incluindo:

  • Habitações precárias: 211.534
  • Coabitação: 68.040
  • Ônus excessivo com aluguel: 39.969 (famílias que gastam mais de 30% da renda mensal com moradia)

O Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon-MA) ressalta que é necessário implementar políticas públicas mais eficientes e incentivar a participação do setor privado, que tem se mostrado um motor essencial para a expansão habitacional no estado.

Fábio Nahuz, presidente do Sinduscon-MA, afirma que “a construção civil é uma engrenagem de desenvolvimento. Quando o setor privado investe, o impacto vai além dos números — ele se reflete em empregos, em arrecadação e, principalmente, em mais famílias realizando o sonho da casa própria”.

Atualmente, a construção civil emprega 53.448 trabalhadores formais no Maranhão, evidenciando sua relevância na geração de oportunidades e no aquecimento da economia. O Valor Adicionado Bruto (VAB) do setor atingiu R$ 6,4 bilhões em 2024, representando 3,78% do PIB estadual.

Cursino Raposo, economista e analista técnico do Sebrae Maranhão, destaca que esse dinamismo é crucial para enfrentar o déficit habitacional de maneira sustentável. “Cada real investido em obras privadas movimenta uma cadeia produtiva que vai do pedreiro ao comércio de materiais. É um setor com efeito multiplicador real e rápido, que gera resultados sociais e econômicos concretos”, explica.

Carlos Jorge, coordenador do Observatório da Indústria, complementa que os dados reforçam o papel fundamental da iniciativa privada. “Quando a construção civil avança, vemos reflexos diretos na renda, na arrecadação e na melhoria das condições urbanas. É um setor que dá resposta imediata à economia”, afirma.

Nairton Nunes, superintendente da Caixa Econômica Federal no Maranhão, enfatiza que a colaboração entre o poder público, o setor financeiro e a construção privada é essencial para aumentar o acesso à moradia. “A Caixa tem buscado fortalecer linhas de crédito e programas de financiamento que estimulem o investimento habitacional. O envolvimento do setor privado é fundamental para transformar esses números em obras concretas, capazes de reduzir o déficit e gerar qualidade de vida”, ressalta.

O Sinduscon-MA defende que a manutenção de um ambiente regulatório estável e a ampliação de políticas de crédito e habitação são passos decisivos para impulsionar novos empreendimentos e democratizar o acesso à moradia. “A construção civil é um setor que constrói oportunidades. Com segurança jurídica e incentivos adequados, é possível reduzir o déficit e transformar o direito à moradia em realidade para mais maranhenses”, conclui Fábio Nahuz.

Panorama da Construção Civil no Maranhão

  • Empregos formais: 53.448 (Caged, set/2025)
  • Participação no PIB estadual: 3,78% (VAB Construção/PIB-MA 2024)
  • Valor agregado pelo setor: R$ 6,46 bilhões
  • Déficit habitacional: 319.543 moradias (PNAD/FJP, 2022)
  • Municípios da Grande São Luís: 39.142 moradias em déficit
  • Efeito multiplicador: 1 emprego na construção → até 4 em outros segmentos

(Fonte: Observatório da Indústria, 2025)