
A produção de camarão no Rio Grande do Norte apresentou um crescimento significativo de 27,8% em 2024, totalizando 31,6 milhões de quilos, conforme dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgados nesta quinta-feira (18) pelo IBGE.
Apesar do aumento na quantidade produzida, o faturamento do setor teve uma elevação mais modesta, de apenas 2,6% em comparação a 2023, atingindo R$ 701,3 milhões. Essa discrepância se deve à queda no preço médio do quilo do camarão, que caiu de R$ 27,63 em 2023 para R$ 22,18 em 2024. No total, o camarão representou 78,9% do valor da aquicultura no estado durante este período.
O Rio Grande do Norte permanece como o segundo maior produtor de camarão do Brasil, respondendo por 21,5% da produção nacional, ficando atrás apenas do Ceará, que detém 57,1%. No cenário nacional, a produção de camarão alcançou 146,8 mil toneladas, com um crescimento de 15,1% e um faturamento total de R$ 3,1 bilhões.
Em nível estadual, a cidade de Pendências liderou a produção, contribuindo com 9,6 milhões de quilos, o que equivale a 30,4% do total potiguar. Outras cidades que se destacaram na produção foram:
- Arês: 3,5 milhões de quilos
- Canguaretama: 3,2 milhões de quilos
- Senador Georgino Avelino: 2,8 milhões de quilos
- Guamaré: 2,3 milhões de quilos
O setor de aquicultura como um todo no Rio Grande do Norte faturou R$ 888,6 milhões em 2024. Além da produção de camarão, a aquicultura inclui a criação de larvas e pós-larvas do crustáceo, tilápia e malacocultura, que abrange ostras, vieiras e mexilhões. A tilápia, por sua vez, representou 3,3% do valor total do setor, com uma produção de 2,2 milhões de quilos, sendo Nísia Floresta a cidade que mais produziu. A malacocultura também teve um crescimento expressivo de 25%, alcançando 125 mil quilos e um faturamento de R$ 2,5 milhões.