
Movimentos sindicais se reuniram na Lagoa do Parque Solon de Lucena, em João Pessoa, onde foi anunciado um crescimento de 4,7% no número de pessoas associadas a sindicatos na Paraíba em 2024, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, estima-se que 155 mil dos 1,6 milhão de trabalhadores com 14 anos ou mais no estado estejam filiados a alguma entidade sindical.
No contexto nacional, o Brasil apresentou uma variação de 9,8% e o Nordeste, 2,9% no mesmo período. Este aumento no estado da Paraíba ocorre após uma série de quedas desde 2017, quando o número de sindicalizados era de 253 mil, reduzindo para 198 mil em 2019, antes do impacto da pandemia de Covid-19.
Embora tenha havido um crescimento em 2024 em comparação a 2023, esse aumento não acompanhou o crescimento da população ocupada na Paraíba, que subiu 6,5% de 2023 (1,5 milhão) para 2024 (1,658 milhão). É importante ressaltar que, devido à ausência de coleta de dados em 2020 e 2021, as estimativas para 2022 e 2023 foram de 168 mil e 148 mil, respectivamente. Comparando com 2012, quando a série histórica começou com 276 mil sindicalizados, houve uma queda de 43,8% no total.
Taxa de sindicalização das mulheres supera a dos homens pela primeira vez
Em um marco significativo, a Paraíba registrou em 2024, pela primeira vez desde o início da série histórica em 2012, uma taxa de sindicalização feminina (9,4%) que superou a masculina, que caiu para 9,3%. Apesar de uma leve queda em relação a 2023, quando a taxa feminina era de 9,5%, a diferença se destaca no cenário regional.
Na região Nordeste, a taxa de sindicalização feminina tem se mantido superior à masculina ao longo dos anos, com percentuais de 10% para mulheres e 8,9% para homens em 2024. Em contraste, no cenário nacional, a sindicalização masculina historicamente supera a feminina, exceto em 2022, quando as taxas foram de 9,1% para homens e 9,3% para mulheres. Nos últimos anos, uma tendência de convergência entre as taxas foi observada, mas em 2024, a média de sindicalização masculina (9,1%) ainda se mostrou superior à feminina (8,7%).