
A proposta de criação de uma loteria municipal foi discutida na última sexta-feira (6) na Câmara de Vereadores de Aracaju. O Projeto de Lei, que já havia sido votado em primeira discussão no dia 8 de maio, recebeu 14 votos a favor, quatro contra e quatro abstenções.
A audiência pública contou com a participação de representantes de diversas entidades, incluindo a Fecomércio, a Associação de Dirigentes Cristãos e a Associação de Juristas Católicos de Aracaju. O debate foi promovido pelo vereador Lúcio Flávio, do PL, que se posiciona contra a proposta, a qual foi apresentada pelo vereador Isac Silveira, líder da bancada.
Lúcio Flávio utilizou suas redes sociais para lançar uma campanha contra a loteria municipal, utilizando a hashtag #AracajuSemAzar. Ele destacou a preocupação com os impactos negativos que jogos de azar podem ter na população, afirmando: “A população Aracajuana não precisa de mais jogo de azar. Todo mundo conhece algum caso de pessoas que estão passando por problemas por causa de apostas. Não dá pra não se importar com isto. Não dá pra fazer vista grossa. Não dá pra fingir que não está vendo. Não dá para lavar as mãos”.
O projeto, denominado LOCAJU, prevê a criação de uma autarquia ou empresa pública para gerenciar a loteria, seguindo um modelo inspirado nas diretrizes federais, mas com gestão municipal. O autor da proposta, Isac Silveira, do União Brasil, defendeu a iniciativa, afirmando que “essa é uma disputa por recursos. O Estado já se movimentou, e os municípios também têm esse direito. Estamos falando de uma loteria legal, transparente, voltada ao interesse público e à justiça social”.
A Arquidiocese de Aracaju também se manifestou contra a criação da loteria, alinhando-se ao posicionamento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que se opõe à legalização dos jogos de azar.
Para mais informações sobre loterias em Sergipe, vale destacar que os jogos online foram retirados temporariamente da Loteria de Sergipe.