
As recentes mudanças nas regras de financiamento imobiliário têm impulsionado significativamente a compra de imóveis, mesmo diante das altas taxas de juros. Segundo dados da Datastore para o terceiro trimestre de 2025, a demanda imobiliária atinge 29,91%, o equivalente a 12,554 milhões de famílias interessadas em adquirir imóveis, um aumento de 0,27%. Contudo, o número de compradores imediatos previstos para os próximos 12 meses caiu 0,40%, totalizando 5,473 milhões de famílias, o que pode reduzir a velocidade de vendas de imóveis na planta ou em construção. Entretanto, no dia 10 de outubro, mudanças importantes podem alterar esse cenário.
Essa notícia é positiva para o mercado imobiliário, pois as facilidades anunciadas indicam que a demanda imobiliária poderá atingir o melhor desempenho dos últimos anos. No entanto, essas medidas ainda levarão meses para serem implementadas e são esperados seus efeitos máximos somente em 2026. Desde junho de 2024, a taxa Selic tem aumentado, saindo de 10,50% ao ano para uma previsão de 15% ao ano em junho de 2025, a maior da história recente, afastando muitos compradores em potencial, desde famílias até investidores do setor.
Vale destacar que, pela última vez, a demanda imobiliária atingiu 15 milhões de famílias em 2022. Atualmente, fatores nacionais e internacionais promovem uma retomada acelerada do interesse por imóveis estimada para 2025, 2026 e até 2027. Especialistas já preveram crescimento da demanda imobiliária em ciclos anteriores, como em 2020, durante a pandemia, quando o interesse chegou a 11 milhões de famílias, algo que surpreendeu o mercado.
A classe média com renda mensal entre 12 e 20 mil reais, que havia perdido oportunidades de compra, agora conta com um sistema financeiro habitacional (SFH) renovado. Passa a ser possível financiar até 80% do valor do imóvel, com teto de financiamento elevado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões e juros máximos de 12%. Assim, milhares de famílias voltam a demonstrar intenção de comprar imóveis entre 2025 e 2027, o que pode gerar uma demanda imobiliária excepcional.
Os recursos destinados às famílias podem ultrapassar R$ 20 bilhões nos próximos 12 meses e chegar a mais de R$ 100 bilhões até 2027, configurando uma das maiores ofertas de crédito imobiliário do século XXI, mesmo diante do cenário internacional ainda instável. O ano de 2026, inicialmente previsto como desafiador para o setor devido a uma eleição presidencial acirrada, baixa oferta de crédito e estoques elevados, pode se transformar em um período de escoamento de estoques e lançamento de novos empreendimentos.
Além disso, o início da estabilidade no Oriente Médio traz benefícios econômicos globais, como a liberação do comércio de petróleo e retomada do turismo, gerando um ambiente mais favorável para os mercados. A paz duradoura é um fator essencial para a estabilidade econômica mundial. Investidores imobiliários devem prestar atenção, pois com a demanda podendo alcançar 15 milhões de famílias e a oferta anual de imóveis novos limitada a cerca de 1 milhão, a locação tende a crescer consideravelmente.
No Brasil, atualmente, uma em cada cinco famílias mora em imóveis alugados, o maior índice da história. Com o aumento da demanda imobiliária e limitação da oferta, esse percentual deve chegar a uma em cada quatro famílias até 2035. Para quem deseja comprar um imóvel, o momento é excelente, e para os vendedores, as oportunidades são ainda melhores, principalmente para imóveis modernos, lançamentos e em construção, que oferecem vantagens competitivas já em 2025.
Portanto, para os profissionais do mercado imobiliário, é a hora de preparar e capacitar as equipes de vendas, adotar uma mentalidade positiva e investir no conhecimento para aproveitar esse ciclo de crescimento que se aproxima com a demanda imobiliária em alta.