João Pessoa 30.13 nublado Recife 29.02 nuvens dispersas Natal 29.12 nuvens dispersas Maceió 31.69 algumas nuvens Salvador 27.98 céu limpo Fortaleza 30.07 algumas nuvens São Luís 31.11 nuvens dispersas Teresina 36.84 nuvens dispersas Aracaju 29.97 céu limpo
Descubra como será a nova rota de transporte de cargas do Nordeste
16 de junho de 2025 / 12:44
Foto: Divulgação

O Rio São Francisco, conhecido como Velho Chico, está prestes a ganhar uma nova função estratégica para o desenvolvimento econômico do Nordeste. O governo federal anunciou um ambicioso projeto para transformar o rio em uma hidrovia de transporte de cargas. Dessa forma, liga o Sudeste ao Nordeste e impulsionando o escoamento de produtos essenciais para a região.

Com 1.371 km de extensão navegável, a nova hidrovia promete movimentar cerca de cinco milhões de toneladas de carga por ano, incluindo insumos agrícolas, gesso, gipsita, calcário, grãos, bebidas, minério e sal. A iniciativa deve reduzir custos logísticos e aumentar a eficiência no transporte de mercadorias, beneficiando milhões de pessoas que dependem direta ou indiretamente do rio.

Conheça as três etapas do projeto

A princípio, o projeto foi dividido em três etapas, cada uma com trechos específicos e conexões multimodais (rodoviárias e ferroviárias) para garantir o escoamento eficiente das cargas.

EtapaTrechoExtensão NavegávelConexões Principais
1ª EtapaJuazeiro (BA) → Petrolina (PE) → Sobradinho (BA) → Ibotirama (BA)604 kmPorto de Aratu-Candeias (via rodovias)
2ª EtapaIbotirama (BA) → Bom Jesus da Lapa (BA) → Cariacá (BA)172 kmPortos de Ilhéus e Aratu-Candeias (via malha ferroviária)
3ª EtapaBom Jesus da Lapa (BA) → Cariacá (BA) → Pirapora (MG)670 kmIntegração com o Sudeste

Impactos e Benefícios

  • Redução de custos logísticos: Ao mesmo tempo, o transporte hidroviário é mais barato que o rodoviário, o que pode diminuir os preços finais dos produtos.
  • Desenvolvimento regional: A hidrovia deve impulsionar a economia de cidades ribeirinhas, gerando empregos e novas oportunidades de negócios.
  • Sustentabilidade: O modal hidroviário emite menos poluentes em comparação ao transporte rodoviário, contribuindo para uma logística mais verde.

Próximos Passos

O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, afirmou que a Companhia das Docas do Estado da Bahia será responsável pelas obras. Os estudos técnicos devem começar em breve, e a expectativa é que o projeto avance rapidamente, integrando-se a outras iniciativas de expansão hidroviária no país.

Além do São Francisco, o governo também planeja melhorias em outras hidrovias, como Tapajós, Madeira, Parnaíba e Paraguai, reforçando a importância do transporte fluvial para a economia brasileira.

Assim, a nova hidrovia do Rio São Francisco representa um marco para a logística nacional, especialmente para o Nordeste. Com potencial para revolucionar o transporte de cargas e impulsionar o desenvolvimento regional, o projeto promete ser um divisor de águas — literalmente!