
O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), anunciou a formação de uma comissão para analisar o pagamento das dívidas e outras decisões administrativas visando gerenciar a crise financeira que a cidade enfrenta. Mendes revelou que a administração anterior, liderada por Dr. Pessoa, deixou um rombo bilionário nas contas da prefeitura. Inicialmente, a dívida foi estimada em cerca de R$ 500 milhões, mas após auditoria, o valor subiu para aproximadamente R$ 1 bilhão.
Em entrevista à TV Rede Clube, o prefeito destacou que a capital está passando por um “colapso financeiro”. Ele informou que a comissão será composta por cinco secretários das principais pastas da administração municipal, com a missão de realizar um levantamento e, se necessário, promover a extinção de secretarias, visando o corte de gastos. O comitê será formado pelos secretários de Finanças, Planejamento, Administração, Educação e Saúde, que apresentarão um conjunto de medidas em até 15 dias.
Medidas de contenção de gastos
Mendes afirmou que, apesar da extinção de cinco secretarias e da redução de cargos comissionados, essas ações não foram suficientes para sanar a crise. Ele mencionou que processos foram enviados ao Tribunal de Contas, ressaltando que muitos não devem ser pagos, e que aguardará a manifestação do órgão para decidir quais dívidas serão quitadas. Segundo o prefeito, mais de 3000 processos serão analisados pelos técnicos da prefeitura e pelo Tribunal de Contas antes de qualquer pagamento.
Sobre as dívidas geradas na gestão de Dr. Pessoa, a defesa do ex-prefeito foi contatada, mas não houve retorno até o momento.
Recursos para o Hospital de Urgência de Teresina
Na mesma entrevista, Silvio Mendes abordou a questão da falta de recursos no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Ele destacou que a construção do hospital custou R$ 26 milhões e que mensalmente são necessários R$ 28 milhões para manter o funcionamento, incluindo a compra de medicamentos, manutenções e pagamento de funcionários. Atualmente, o HUT enfrenta um pequeno acúmulo de pacientes nos corredores, aguardando atendimento e transferência para as salas de urgência.
Mendes enfatizou a necessidade de aumentar o número de leitos, mas destacou que essa decisão depende de garantias de financiamento, que devem ser autorizadas pelo Ministério da Saúde.