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Em 2024, cinema cearense circulou de forma inédita do Brasil a Cannes, celebrou centenário e mira futuro
22 de dezembro de 2024 / 12:16
Foto: Divulgação; Loic Venance / AFP; Divulgação

Aquilo que é conquistado em um período específico de tempo não existe de forma alheia ao que veio antes e virá depois. A afirmação, ainda que óbvia, é evidenciada pelo que foi 2024 para o cinema cearense, que neste ano celebrou o marco simbólico de 100 anos, a chegada inédita a Cannes e oito estreias comerciais de longas no circuito nacional.

Da forte presença da produção do Estado na Mostra de Tiradentes, realizada em janeiro, à estreia de “Soldados de Borracha”, documentário de Wolney Oliveira lançado em dezembro, o ano não apenas foi construído a partir de movimentos anteriores, mas nele se construíram bases para passos futuros.

A ideia de “construção anterior” pode tanto remontar ao ano de 1924 — quando ocorreu a primeira exibição da qual se tem registro de um filme creditado a um realizador cearense —, quanto ao fato de que a maior parte dos lançamentos recentes do Estado foi de longas que chegaram às salas reconhecidos antes em festivais nacionais e internacionais.

“Estranho Caminho”, de Guto Parente, por exemplo, foi premiado em Nova York em 2023 e, em janeiro deste ano, levou o Prêmio da Crítica em Tiradentes. Outros caminhos importantes também foram pavimentados no evento mineiro a partir de um cenário inédito e relevante no qual profissionais trans foram maioria nos curtas cearenses selecionados. 

Neste grupo, a Vila das Artes desponta como lugar de abertura e fomento para a formação de cineastas trans e travestis no contexto de Fortaleza, como destacou o curador Francis Vogner dos Reis à coluna em janeiro.