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Entenda a história dos fósseis do Nordeste que voltarão da Europa após acordo
16 de junho de 2025 / 13:03
Foto: Divulgação

Uma vitória para a ciência e a história brasileira! Quatro importantes fósseis, incluindo espécies que viveram no Ceará há milhões de anos, serão repatriados da Alemanha após um acordo entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Museu Nacional de Hannover.

A princípio, a assinatura do termo de intenções ocorreu em Berlim, no último dia 13 de junho. Desse modo, marcou mais um passo na recuperação do patrimônio paleontológico brasileiro. Entre as peças que retornarão está o Vinctifer comptoni, um peixe que habitou a região do Araripe há 115 milhões de anos.

Quais fósseis estão voltando da Europa para o Ceará?

FóssilEspécieOrigemPeríodo (milhões de anos)
Vinctifer comptoniPeixeBacia do Araripe (CE)~115
NotelopsPeixe de nadadeiras raiadasNordeste do Brasil~110
Mesosaurus tenuidensRéptil aquáticoBacia do Paraná~280
Tronco silicificadoPlanta gimnospermaCeará

Por que essa repatriação é importante?

🔹 Preservação da história: Esses fósseis são registros únicos da fauna e flora pré-histórica do Brasil.
🔹 Combate ao tráfico: Muitas peças foram levadas ilegalmente para o exterior nas últimas décadas.
🔹 Fortalecimento da pesquisa: A devolução permite que cientistas brasileiros estudem esses materiais em solo nacional.

O Caso do Ubirajara: Um Antecedente de Sucesso

Em 2023, o Brasil já havia conseguido repatriar o Ubirajara jubatus, um dinossauro cearense que estava na Alemanha desde os anos 1990. O fóssil, hoje exposto no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri (CE), foi um marco na luta pela recuperação do patrimônio fossilífero brasileiro.

Assim, os fósseis devem chegar ao Brasil nos próximos meses e irão para instituições científicas nacionais. Enquanto isso, o MCTI continua negociando a repatriação de outras peças espalhadas por museus europeus.

O Que Isso Significa para o Futuro?

Esse acordo reforça a cooperação científica entre Brasil e Alemanha e abre portas para novas parcerias em pesquisas paleontológicas. Além disso, serve de alerta para o comércio ilegal de fósseis, que ainda é um problema global.