A época mais movimentada do ano para o comércio está se aproximando, e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que o Natal deste ano deve movimentar impressionantes R$ 69,75 bilhões no varejo em todo o Brasil. Apesar de representar um aumento real de 1,3% no faturamento, este valor ainda está abaixo do patamar pré-pandemia registrado em 2019, quando as vendas chegaram a R$ 73,74 bilhões.
Entre os estados que lideram o crescimento, a Bahia se destaca no Nordeste, com projeção de aumento de 3,6% no faturamento, ficando atrás apenas do Paraná, que lidera o levantamento com 5,1%. Este desempenho coloca o estado como referência no cenário econômico regional durante o período natalino.
Setores com maior movimentação
Os super e hipermercados continuam dominando o Natal brasileiro, representando 45% da movimentação financeira (R$ 31,37 bilhões). Outros segmentos importantes incluem:
- Vestuário, calçados e acessórios: 28,8% (R$ 20,07 bilhões)
- Artigos de uso pessoal e doméstico: 11,7% (R$ 8,16 bilhões)
Empregos temporários e inflação impactam o Natal
A CNC estima a contratação de 98,1 mil funcionários temporários para atender à demanda de fim de ano. Esse número é 2,3 mil vagas menor que em 2023, devido ao aumento da força de trabalho fixa ao longo do ano, com mais de 240 mil novas vagas criadas nos últimos 12 meses.
A inflação, impulsionada pela desvalorização cambial, deve pressionar os preços dos produtos natalinos, com alta média de 5,8%. Alguns itens terão maiores aumentos, como:
- Livros: +12,0%
- Produtos para a pele: +9,5%
- Alimentos em geral: +8,3%
Por outro lado, alguns produtos devem ficar mais acessíveis:
- Bicicletas: -6,2%
- Aparelhos telefônicos: -5,5%
- Brinquedos: -3,5%