A moagem de cana-de-açúcar das regiões Norte e Nordeste do Brasil deverá atingir cerca de 62 milhões de toneladas em 2024/25, ficando aproximadamente 1 milhão de toneladas abaixo da previsão inicial, em uma temporada marcada por chuvas irregulares, indicou nesta quinta-feira a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio).

Em compensação, o tempo mais seco elevou o Açúcar Total Recuperável (ATR) da cana, destacou o presidente-executivo da NovaBio, Renato Cunha, em nota.

Segundo ele, por conta da ATR maior, os níveis de sacarose extraídos da planta devem crescer em média entre 8 e 12 kg/tonelada somente na região Nordeste.

“Por isso, a safra será um pouco menor, mas com a fabricação de produtos finais em maior volume do que no ciclo 2023/2024”, segundo a associação.

A irregularidade das chuvas pode também incidir “de forma mais acentuada” no potencial de moagem da safra futura (2025/26).

Até o final de novembro, o Norte e Nordeste — que geralmente respondem por cerca de 10% da moagem total do país, muito concentrada no centro-sul — tinham processado 35,86 milhões de toneladas, alta de 2,2% ante igual período da safra passada.

Dados da entidade que reúne 35 usinas e em 11 Estados brasileiros apontaram que a produção de açúcar foi de 2,18 milhões de toneladas, aumento de 18,2% na mesma comparação.

Já a fabricação do etanol hidratado aumentou 27,9%, atingindo 933,5 milhões de litros.

Na produção de etanol anidro, houve queda de 25,9% em comparação à safra anterior, para 561,2 milhões de litros, até o final de novembro.