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Estudantes da UFPB protestam em João Pessoa contra o aumento do preço do restaurante universitário
18 de agosto de 2025 / 19:03
Foto: Reprodução

Os alunos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) organizaram um protesto nesta segunda-feira (18) no Campus I, em João Pessoa, em resposta ao aumento do preço do restaurante universitário (RU). O valor da refeição, que já era considerado o mais alto do Brasil a R$ 15,01, agora foi elevado para R$ 17,33, impactando diretamente os estudantes que não recebem auxílio.

Fernando Alves, membro do Diretório Central de Estudantes e um dos líderes do movimento, destacou que a mobilização visa garantir o direito à alimentação dos estudantes mais vulneráveis na instituição. Ele afirmou: “O restaurante universitário já era o mais caro do Brasil e hoje ele bate o seu próprio recorde. Nós esperamos sair daqui com encaminhamentos para que a universidade comece a estudar um modelo de autogestão, onde ela cuida do seu próprio restaurante universitário e ele é gratuito para todo mundo, sem custo para ninguém”.

Em resposta ao protesto, a vice-reitora da UFPB, Mônica Nóbrega, explicou que a recente elevação de preços ocorreu após a desistência da empresa que venceu o último pregão para operar o RU. De acordo com ela, houve uma prorrogação de quatro meses com a empresa atual, que solicitou um reajuste no valor das refeições.

Para mitigar os efeitos do aumento, a vice-reitora anunciou algumas medidas, incluindo:

  • Eliminação da lista de espera para o auxílio total do restaurante, garantindo gratuidade na alimentação para quase 300 estudantes que aguardavam.
  • Lançamento de um novo edital para o auxílio parcial de 50% na alimentação, destinado a alunos regularmente matriculados que atendam aos critérios da Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (Prape), com a meta de dobrar o número de beneficiados, que atualmente é de 505.

Para os docentes, técnicos administrativos, visitantes e estudantes que não estão inscritos em nenhum dos editais de auxílio do RU, o custo da refeição será de R$ 17,33. A situação continua a ser acompanhada de perto pela comunidade acadêmica, que busca soluções viáveis para a questão da alimentação no campus.