
Uma nova bactéria, chamada Mycobacterium agroflorensis, foi identificada por estudantes da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul). Esta bactéria não patogênica, quando incorporada a biofertilizantes, tem o potencial de melhorar a segurança alimentar, liberando nutrientes essenciais para as plantas.
O microrganismo foi isolado no Laboratório Magno Urbano durante a realização de testes com um biofertilizante orgânico. A descoberta foi inesperada, resultante da interação entre resíduos industriais e fungos, que gerou novas cepas ainda não registradas.
O projeto intitulado “Descoberta e aplicação da Mycobacterium agroflorensis na agricultura sustentável e em sistemas de cultivo controlados” é coordenado pelo professor Zilmar Timóteo Soares e conta com a participação dos estudantes Luis Gustavo Neres, Carlos Fonseca Sampaio e Marinete Neres Ferreira, todos do programa de extensão Cientista Aprendiz da Uemasul.
Os primeiros testes indicam que a bactéria é benéfica, pois é capaz de fixar nutrientes como:
- nitrogênio
- fósforo
- potássio
- ferro
- vitaminas essenciais
Esses nutrientes são fundamentais para o crescimento das plantas. Ensaios realizados em laboratório e estufas mostraram resultados promissores em culturas de milho, feijão e mandioca.
A pesquisa, que teve início em 2023, está em andamento e já incluiu análises microbiológicas, sequenciamento genético e testes em ambientes controlados. A próxima fase envolverá a aplicação da bactéria em solo, com avaliações em campo.
Luis Gustavo Neres, estudante do 3º ano do Ensino Médio da Escola Santa Teresinha, faz parte da equipe e apresentará o projeto na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), que ocorrerá entre os dias 27 e 31 de outubro, em Novo Hamburgo (RS).
Desde 2017, o programa Cientista Aprendiz tem promovido a pré-iniciação científica para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio.