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Estudo revela média salarial de cada estado do Nordeste
16 de abril de 2025 / 11:00
Foto: Divulgação

A média salarial dos trabalhadores do Nordeste terminou o ano de 2024 com um aumento de 7%. A princípio, esse desempenho positivo reflete um cenário de recuperação econômica e aquecimento do mercado de trabalho, mesmo diante de oscilações pontuais nos estados. As informações são da pesquisa PNAD Contínua, divulgados pelo IBGE e analisados pelo IBRE/FGV esta semana. Ao mesmo tempo, o estudo também traz como está o rendimento médio do trabalho em todos os estados da região.

Destaques por Estado

O estado do Rio Grande do Norte apresentou o maior rendimento médio da região, com R$ 2.594. Ele é seguido pela Paraíba (R$ 2.420) e pelo Piauí (R$ 2.390). Já o Maranhão teve o menor rendimento médio, com R$ 2.066, e foi o único estado da região a registrar queda no último trimestre (-2,3%).

Os grandes destaques do ano foram Sergipe e Pernambuco, com crescimentos expressivos de 18,7% e 16%, respectivamente, no rendimento médio em comparação com o mesmo período de 2023.

Rendimento real médio do trabalho (R$ mensais) no Nordeste – trimestres selecionados

UF2023.T42024.T32024.T4Var. anual (%)Var. trim. (%)
AL2.0592.2982.352▲ 14,2▲ 2,3
BA2.0502.1112.128▲ 3,8▲ 0,8
CE2.0992.1262.158▲ 2,8▲ 1,5
MA1.9262.1142.066▲ 7,3▼ 2,3
PB2.3822.4172.420▲ 1,6▲ 0,1
PE2.1642.3352.511▲ 16,0▲ 7,5
PI2.3122.3942.390▲ 3,4▼ 0,2
RN2.5642.6072.594▲ 1,2▼ 0,5
SE2.1352.3542.535▲ 18,7▲ 7,7
NE2.1352.2412.284▲ 7,0▲ 1,9
BR3.1783.2683.315▲ 4,3▲ 1,4

Fonte: IBGE/PNAD Contínua. Elaboração: IBRE/FGV.

No último trimestre de 2024, o rendimento médio mensal no Nordeste foi estimado em R$ 2.284, um avanço de quase 2% frente ao trimestre anterior (R$ 2.241) e de 7% em relação ao mesmo período de 2023 (R$ 2.135). Apesar disso, o valor ainda representa 68,9% da média nacional, estimada em R$ 3.315.

Perspectivas para 2025

As primeiras estimativas de 2025, baseadas em trimestres móveis, sinalizam continuidade no crescimento dos rendimentos e uma pequena redução na taxa de desocupação. Contudo, ainda é cedo para afirmar se há uma tendência de desaceleração ou se esses números refletem apenas um comportamento sazonal comum no início do ano. De toda forma, os resultados de 2024 consolidam um cenário otimista para o mercado de trabalho nordestino.

Em suma, com crescimento acima da média nacional e destaque em estados como Sergipe e Pernambuco, o Nordeste dá sinais de um ciclo virtuoso, onde renda maior pode impulsionar o consumo, atrair investimentos e gerar ainda mais empregos. O desafio agora é manter essa trajetória com políticas públicas eficazes, educação de qualidade e incentivo à formalização.