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Ex-bailarina brasileira se torna bilionária mais jovem do mundo
7 de dezembro de 2025 / 11:49
Foto: Divulgação

Luana Lopes Lara, uma brasileira de 29 anos, formou-se em ciência da computação pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e trabalhou para empresas renomadas como Bridgewater Associates e Citadel durante os verões da faculdade. Em apenas seis anos, ela criou uma startup avaliada em US$ 11 bilhões (R$ 58,63 bilhões). No entanto, ela ainda considera o ensino médio, quando estudava balé na Escola de Teatro Bolshoi no Brasil, o período mais desafiador de sua vida. As exigências físicas e acadêmicas eram intensas, com aulas de balé das 13h às 21h e aulas acadêmicas das 7h às 12h, em meio a situações extremas durante o treinamento.

Inspirada por seus pais – mãe professora de matemática e pai engenheiro elétrico –, Luana brilhou em competições acadêmicas como a Olimpíada Brasileira de Astronomia e a Olimpíada de Matemática de Santa Catarina. Após se formar no ensino médio, passou nove meses como bailarina profissional na Áustria antes de iniciar seus estudos no MIT e sua nova trajetória profissional.

Atualmente, ela é a bilionária mais jovem do mundo a construir sua própria fortuna, superando Lucy Guo, que detinha esse título. Junto com seu sócio Tarek Mansour, também de 29 anos, tornou-se bilionária após sua empresa de mercado de previsões levantar US$ 1 bilhão, alcançando avaliação de US$ 11 bilhões. A rodada foi liderada pela Paradigm, empresa focada em criptomoedas, com participação de grandes investidores como Sequoia Capital e Andreessen Horowitz.

A empresa permite que usuários apostem em resultados de eventos futuros, como eleições e jogos esportivos, e viu sua avaliação quintuplicar em menos de seis meses. Os dois sócios possuem cerca de 12% de participação cada um, totalizando patrimônio líquido estimado em US$ 1,3 bilhão para cada. Desde julho, o volume de negociações da empresa cresceu significativamente, competindo com grandes players do mercado.

Luana e Mansour se conheceram no MIT e tiveram a ideia do negócio durante um estágio em Nova York. Apesar dos riscos e dificuldades iniciais na busca por aprovação regulatória federal, eles persistiram com apoio de um advogado que trabalhou para a CFTC. Em 2020, receberam autorização para operar como mercado de contratos designado, ganhando vantagem no mercado frente a concorrentes não regulamentados.

Em 2023, enfrentaram a rejeição da CFTC aos contratos eleitorais ofertados pela empresa, o que levou a dupla a mover um processo que resultou em decisão favorável, tornando a Kalshi a primeira empresa a oferecer contratos eleitorais regulamentados nos EUA em mais de um século. A empresa expandiu suas operações, contou com o apoio do filho de Donald Trump em seu conselho consultivo e firmou parcerias importantes em esportes e criptomoedas.

Apesar dos desafios regulatórios estaduais, os investidores seguem confiantes no potencial da empresa e na capacidade dos fundadores de superar obstáculos. A trajetória da ex-bailarina demonstra resiliência e visão estratégica, consolidando seu lugar no mercado global e fazendo dela um exemplo inspirador.