
Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 194 mil paraibanos vivem em situação de extrema pobreza, representando o menor índice já registrado na série histórica. Essa estatística corresponde a 4,7% da população total do estado, demonstrando uma redução significativa em comparação a anos anteriores.
Além disso, o relatório aponta que o número de paraibanos em situação de pobreza ampla alcança 38,3%, o que equivale a cerca de 1,58 milhão de pessoas. Ambos os indicadores apresentam queda pelo terceiro ano consecutivo, reafirmando uma tendência positiva no combate à pobreza desde o pico registrado em 2021, quando a extrema pobreza atingiu 16,7% e a pobreza geral chegou a 56,1% na Paraíba.
O estudo do IBGE baseia-se no conceito de pobreza monetária, que considera a insuficiência de renda familiar para garantir condições básicas de vida. Para a pobreza extrema, o critério é ainda mais severo, indicando a incapacidade de garantir alimentos e necessidades essenciais de sobrevivência. Contudo, o levantamento destaca que essa análise não leva em conta outros aspectos importantes como qualidade habitacional e acesso a serviços sociais e educacionais.
Outro ponto relevante destacado pelo IBGE é a desigualdade social no estado. Os 20% mais ricos recebem, em média, 12,7 vezes mais que os 20% mais pobres, valor abaixo da média nordestina (13,8 vezes) e nacional (14,6 vezes). O estudo também indica que 38,3% da população paraibana vive com menos de US$ 6,85 PPC por dia, um índice que supera as médias regional e nacional, sendo 39,4% no Nordeste e 23,1% no Brasil.