
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) apresentaram um estudo intitulado ‘Panorama do Setor de Hospedagem de Fernando de Noronha’. A pesquisa revelou que a ilha abriga 255 meios de hospedagem ativos, totalizando 1.688 unidades habitacionais (quartos) e 4.208 leitos disponíveis. O coordenador do estudo, Marcelo Taveira, destacou que a capacidade de hospedagem da ilha atingiu seu limite, afirmando que “chegou no limite”.
De acordo com um acordo de gestão compartilhada entre os governos federal e estadual, o número de turistas que podem visitar Fernando de Noronha é limitado a 11 mil por mês. Este dado foi considerado na análise do setor de hospedagem. Taveira explicou que a oferta de leitos é suficiente para atender a média mensal de visitantes, com uma margem de sobra.
Atualmente, os estabelecimentos de hospedagem na ilha empregam 949 funcionários fixos e 189 temporários. A classificação dos meios de hospedagem é a seguinte:
- 211 Pousadas com até 10 Unidades Habitacionais (UHs);
- 16 Hostels;
- 12 Hospedagens domiciliares;
- 9 Flats;
- 3 Chalés;
- 2 Hotéis;
- 2 Airbnb.
O objetivo da pesquisa foi reunir dados que possam auxiliar o governo local na tomada de decisões sobre a gestão do turismo na ilha. Taveira comentou que, com as informações obtidas, a Administração da Ilha poderá avaliar a possibilidade de emitir novos alvarás de funcionamento e decidir se é viável flexibilizar a entrada de visitantes, promovendo um turismo mais responsável.
Além disso, o estudo atualizou um inventário de turismo realizado pela UFRN no início do ano, que mapeou atrativos turísticos, como o famoso pôr do sol do mirante. A nova pesquisa aprofundou os dados especificamente sobre os meios de hospedagem, uma vez que o setor não dispunha de informações atualizadas anteriormente.
Marcelo Taveira ressaltou que 190 estabelecimentos estão regularizados e em conformidade com as diretrizes do Ministério do Turismo, destacando que poucos lugares no Brasil apresentam um percentual tão elevado de regularização no setor de hospedagem.
O resultado do estudo foi entregue à Administração de Fernando de Noronha, e a equipe de reportagem tentou contato com o governo local para averiguar se novas diretrizes serão implementadas com base nos dados coletados, mas até o momento não houve resposta.