João Pessoa 24.13 nuvens dispersas Recife 26.02 nublado Natal 27.12 nublado Maceió 26.69 algumas nuvens Salvador 25.98 céu limpo Fortaleza 27.07 algumas nuvens São Luís 28.11 céu limpo Teresina 37.84 nuvens dispersas Aracaju 26.97 algumas nuvens
Fórum da Unimed Teresina discute avanços e desafios na doação de órgãos
19 de setembro de 2025 / 13:16
Foto: Divulgação

No dia 18 de setembro, a Unimed Teresina promoveu o II Fórum de Transplante do Piauí, um evento significativo no contexto do Setembro Verde, mês que visa aumentar a conscientização sobre a doação de órgãos. O encontro ocorreu no auditório do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI) e teve como objetivo criar um espaço de diálogo entre profissionais de saúde, pacientes e a sociedade, abordando os avanços e desafios na área de transplantes.

Entre os especialistas presentes, destacou-se o Dr. Avelar Alves da Silva, médico nefrologista e coordenador de transplante renal do Hospital Unimed Primavera. Ele apresentou dados sobre os desafios enfrentados e os progressos realizados no transplante renal no estado. “A Unimed Teresina é o único centro privado transplantador de órgãos no Piauí, focando no transplante renal. Desde 2019, realizamos 48 transplantes, todos com doadores vivos. Nossa missão é sensibilizar a população sobre a importância da doação, visando reduzir as filas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes que necessitam de um órgão”, afirmou o médico.

O diretor técnico do Hospital Unimed Primavera, Dr. Rafael Correia Lima, também enfatizou o papel pioneiro da instituição. “Desde 2019, somos o único hospital privado em Teresina a realizar transplantes, especialmente de rins de doador vivo. Estamos prestes a completar nosso 50º procedimento, todos financiados pelo sistema privado, o que demonstra a força da nossa equipe e o compromisso da Unimed com a prática de transplantes”, destacou.

O fórum contou com palestras de renomados especialistas, incluindo o Dr. Wellington Figueiredo, que abordou a cirurgia de retirada de múltiplos órgãos, e o Dr. Eucário Leite Monteiro Alves, que discutiu a evolução do transplante cardíaco e a importância de lutar pela vida.

Atualmente, o Piauí possui 932 pacientes na lista de espera para transplantes de órgãos, sendo 548 deles aguardando transplante renal, segundo dados de junho de 2025. Esses números evidenciam a necessidade urgente de conscientização sobre a doação de órgãos.

Pacientes transplantados também compartilharam suas histórias durante o evento, ressaltando a importância da doação de órgãos. Evaldo Augusto Bandeira de Sousa, um advogado de 30 anos, emocionou a todos ao relatar como a doação de sua mãe transformou sua vida. “Foi como nascer duas vezes e agradecer duas vezes mais. Hoje, vivo com mais qualidade e tranquilidade, sem as limitações que enfrentava antes”, contou Evaldo, que recebeu um transplante renal em agosto de 2022.

Clementino Siqueira Barbosa Segundo, contador de 43 anos, também compartilhou sua experiência. Ele relatou que seu irmão mais novo doou um rim, o que proporcionou uma “mudança de chave” em sua vida. Clementino, que fez o transplante em outubro de 2024, destacou a importância do apoio familiar e da equipe médica da Unimed Teresina.

Mariza Costa, representante da Associação dos Pacientes Renais do Piauí (APREPI), enfatizou a necessidade de desmistificar a doação de órgãos. “A APREPI está comprometida em divulgar a importância da doação e combater os mitos que cercam o processo. Cada doação salva vidas e é essencial que as pessoas compreendam seu impacto”, afirmou Mariza.

O papel do Serviço Social também foi destacado durante o fórum. Luciany Braga, assistente social do Hospital Unimed Primavera, explicou como o serviço social é crucial no processo de transplante. “Nosso trabalho começa com a triagem dos doadores e receptores, garantindo a compatibilidade e organizando o processo burocrático. Além disso, fazemos um acompanhamento contínuo das famílias, especialmente em relação ao uso de medicamentos”, disse Luciany.

Ela ainda ressaltou a importância da conscientização sobre a doação de órgãos, questionando: “Se sobrevivemos com 30% de um rim, por que não doar um?” Luciany compartilhou sua experiência pessoal ao mencionar sua filha, Natália, que recebeu um transplante renal aos 21 anos. “Esse doador salvou oito vidas, incluindo a da minha filha”, concluiu emocionada, reforçando o impacto positivo da doação na vida dos pacientes.