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Fósseis de 100 milhões de anos encontrados no Maranhão são de espécie de dinossauro inédita para a ciência
27 de dezembro de 2024 / 20:48
Foto: Divulgação/Brado

Três anos após o achado de ossos bem preservados de um dinossauro em Davinópolis, no Sudoeste do Maranhão, os pesquisadores já puderam concluir que se trata de uma espécie ainda desconhecida pela ciência, que possui cerca de 100 milhões de anos.

A análise dos fósseis está sendo coordenada pelo paleontólogo Elver Luiz Mayer, na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Ao g1, ele conta que as pesquisas ainda poderão trazer outras novidades.

“Esses fósseis representam um dinossauro, espécie distinta, do grupo dos saurópodes, e que verificamos que se trata realmente de uma espécie nova”, declarou o pesquisador.

“Além disso, verificamos que existe uma afinidade, um parentesco, entre esse dinossauro do Maranhão e um dinossauro de outro país. Ainda não posso dizer, pois são informações preliminares e os resultados científicos estão sendo finalizados e devem sair no início de 2025”, acrescentou.

O saurópode é um tipo de titanossauro caracterizado por ter pescoço longo, cabeça pequena, e ser herbívoro. Alguns podiam atingir até oito metros de altura, 20 metros de comprimento e pesar 40 toneladas. No caso do dinossauro de Davinópolis, a estimativa é de 18 metros de comprimento.

“O processo de análise dos fósseis envolveu, primeiramente, uma etapa para determinar quais partes do corpo do animal estavam efetivamente representadas. A partir disso, podemos fazer comparações entre o dinossauro do Maranhão e outros dinossauros já descritos na literatura científica em um período correlato, em torno de 100 milhões de anos”, afirmou Elver.

Além de finalizar a pesquisa, o próximo passo é preparar os fósseis para devolvê-los ao Maranhão, onde deverão ser expostos no Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia, em São Luís.

“Agora, as análises estão concentradas na anatomia microscópica dos fósseis. Os padrões celulares e as alterações observadas podem nos dar respostas sobre algumas perguntas: como era o metabolismo e o crescimento desse animal? Quais eram os fatores ambientais que permitiram que aqueles grandes ossos se preservassem como fósseis? Nossas pesquisas estão avançando nesse sentido”, concluiu o paleontólogo.