
Um tubarão-lixa, com aproximadamente 1,5 metro de comprimento, foi resgatado por um fotógrafo na Praia do Paiva, localizada no Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana do Recife. O incidente ocorreu na manhã desta terça-feira (8), por volta das 6h30, quando o animal foi deixado na areia por um pescador que estava na área, conforme relatou João Pedro Lopes, o responsável pelo resgate.
No vídeo gravado por João Pedro, é possível observar o tubarão encalhado próximo a pedras, sem conseguir se mover adequadamente. O fotógrafo, então, se aproximou do animal, pegou-o pela cauda e o arrastou até uma parte da praia onde a água era mais profunda. Após ser solto, o tubarão nadou em direção ao mar aberto.
João Pedro explicou que estava na praia para fotografar e, ao chegar, notou um homem pescando. “Depois, ele apareceu arrastando o tubarão. Uns 20 minutos depois, eu vi que o bicho estava encalhado”, comentou. A área onde o tubarão foi encontrado é conhecida por ter muitos corais, e, segundo João Pedro, não é comum avistar esses animais na região.
Ele também mencionou que, devido à sua experiência em mergulho livre, sabia como manusear o tubarão. “Acho que é um animal jovem. Já mergulhei muito, em vários lugares, inclusive com tubarão. O tubarão-lixa é um dos mais inofensivos, e tem uma mordida que, apesar de profunda, não é capaz de arrancar um membro. Eu sabia que tinha que me distanciar do rosto do animal e direcioná-lo pela cauda, sempre ficando atrás e segurando firme para ele não se virar”, detalhou.
Após o resgate, João Pedro observou que o tubarão começou a nadar imediatamente em direção ao mar. Ele expressou sua paixão pela vida marinha e revelou que começou a criar conteúdo sobre as piscinas naturais de Candeias, um bairro em Jaboatão dos Guararapes.
Devido à proximidade com Piedade, onde o banho é proibido por risco de ataques de tubarão, a Praia do Paiva nunca foi um local muito frequentado por banhistas. João Pedro decidiu, então, produzir vídeos apresentando a localidade. “Eu sempre via, dos prédios, uma barreira de corais. Pensei: vou entrar. Comprei uma máscara e comecei a mergulhar sozinho. É outro mundo, outros animais, um lugar que traz uma tranquilidade absurda. Comecei a mostrar a vida marinha de Candeias para a galera e comecei a viralizar”, concluiu.