
A greve dos rodoviários no transporte urbano de São Luís foi encerrada na tarde de quinta-feira (20). O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema) anunciou que, a partir desta sexta-feira (21), 100% da frota de ônibus está em circulação na cidade.
Na quinta-feira, o presidente do Sttrema, Marcelo Brito, havia mencionado que a totalidade da frota dependia da regularização de pagamentos pendentes por algumas empresas. Contudo, nesta sexta, a confirmação de que todos os ônibus saíram das garagens foi feita.
A decisão de retomar as atividades foi influenciada por uma determinação emergencial da presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16), desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva. Ela estabeleceu um reajuste de 7% nos salários e de 10% no ticket alimentação dos rodoviários, que estavam em greve devido a reivindicações por melhores condições de trabalho.
Com o fim da greve e a normalização da frota de ônibus, as medidas alternativas que foram implementadas, como o uso de corridas por aplicativo financiadas pela prefeitura e vouchers diários de R$ 100 para pacientes em tratamento de saúde, foram suspensas, uma vez que eram soluções temporárias.
Os rodoviários do transporte semiurbano, que atende áreas como São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, foram os primeiros a encerrar a greve, com os ônibus retornando às operações nas primeiras horas de quarta-feira (19), após uma terceira audiência de conciliação no TRT-16. O acordo resultou em um reajuste salarial de 7% e um aumento de 10% no ticket alimentação para os trabalhadores.
Atualmente, o sistema semiurbano de transporte público da Grande São Luís conta com 444 ônibus, operados por 19 empresas em 82 linhas, conforme dados da MOB.
A greve dos rodoviários teve início na segunda-feira (17), após a falta de acordo em uma reunião realizada na sexta-feira anterior. Entre as principais reivindicações da categoria estavam:
- Ticket de alimentação de R$ 1.300 para motoristas que trabalham junto com o cobrador;
- Ticket de R$ 1.500 para motoristas que também atuam como cobradores;
- Reajuste salarial de 15%, resultando em R$ 2.961,25 para motoristas que trabalham com cobrador;
- Reajuste de 25%, resultando em R$ 3.218,75 para motoristas que também são cobradores;
- Inclusão de dois dependentes no plano de saúde e odontológico;
- Seguro para motoristas em caso de falecimento.
Apesar de uma liminar obtida pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) que determinava a circulação de 80% da frota durante a greve, essa decisão não foi cumprida.