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Ginecologista denunciado por violência sexual em Maceió tem registro suspenso
19 de novembro de 2024 / 16:10
Foto: Reprodução/Google Maps

O médico ginecologista suspeito de abusar sexualmente de pacientes durante atendimentos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no bairro Jacintinho, em Maceió, será oficialmente comunicado da suspensão do registro para exercício da profissão nesta terça-feira (19), informou o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Alagoas (Cremal), Benício Bulhões.

A suspensão do registro é parte das medidas cautelares determinadas pelo juiz Josemir Pereira de Souza, da 4ª Vara Criminal, que determinou ainda a suspensão do exercício da função pública, e proibição de aproximação e contato com vítimas e testemunhas.

“O médico está sendo informado no dia de hoje dessa suspensão e o juízo está sendo informado dessa medida pelo Conselho. Já existe uma investigação sobre algum possível delito do referido profissional, mas não temos como afirmar se é a mesma situação que ensejou essa medida cautelar do juízo da 4ª Vara, por isso mesmo, ao tempo que estamos informado da suspensão, estamos solicitando informações acerca do que referendou para podermos verificar se é mesma situação em investigação ou se são outros fatos”, detalhou Bulhões, em entrevista à TV Pajuçara.

Sobre a denúncia em investigação no Cremal, o presidente da instituição disse que ela segue em segredo, assim como as denúncias levadas à Justiça. O ginecologista, suspeito de violação sexual mediante fraude e importunação sexual, foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MPAL), que incluiu na denúncia depoimentos das vítimas e provas colhidas no inquérito policial.

Os casos de violência sexual que resultam na suspensão do registro do médico teriam acontecido em atendimentos realizados na UBS Felício Napoleão, no bairro Jacintinho, no ano de 2022 e 2023.
As vítimas, até então pacientes do ginecologista, relataram terem sido vítimas de atos libidinosos por parte do profissional, o que motivou a apuração no âmbito administrativo e posterior investigação em inquérito policial. Há relatos de que outras vítimas também teriam sofrido abusos semelhantes durante o atendimento, mas que não quiseram formalizar a denúncia.