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Governo de Pernambuco reabre inscrições para concurso público unificado com inclusão de cotas raciais e nova data de provas
31 de outubro de 2025 / 12:29
Foto: Divulgação

O governo de Pernambuco anunciou a reabertura das inscrições para o Concurso Público Unificado (CPU) nesta quinta-feira (30). A decisão ocorre após a suspensão do edital anterior, que enfrentou críticas por não incluir cotas raciais. Com a nova legislação sancionada, agora é obrigatório reservar 30% das vagas para candidatos pretos, pardos, indígenas e quilombolas.

O concurso oferece um total de 460 vagas, com salários que podem chegar a R$ 11,3 mil, para diferentes cargos na administração pública estadual. As inscrições estão abertas até o dia 28 de novembro, e a data das provas, inicialmente programadas para dezembro, foi transferida para janeiro de 2026.

Reservas de Vagas

  • 25% das vagas para candidatos pretos ou pardos;
  • 3% das vagas para candidatos indígenas;
  • 2% das vagas para quilombolas.

O governo informou que os candidatos que já se inscreveram anteriormente estão garantidos para participar das provas e não precisam se registrar novamente. As provas objetivas e discursivas para os cargos que exigem formação específica de nível superior estão agendadas para o dia 18 de janeiro, enquanto os demais candidatos (nível médio e qualquer área de nível superior) farão suas provas no dia 25 de janeiro.

O primeiro edital do CPU foi publicado em 9 de outubro, mas foi alvo de críticas por não incluir cotas raciais, limitando-se a reservar vagas apenas para pessoas com deficiência. A insatisfação gerou um movimento de protesto por parte de políticos, organizações da sociedade civil e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que argumentaram que a ausência de cotas violava o Estatuto da Igualdade Racial, sancionado em 2023 pela governadora Raquel Lyra (PSD).

O estatuto estabelece que é responsabilidade do poder público implementar ações que garantam igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para a população negra, incluindo contratações no setor público.

Após a suspensão das inscrições, o governo apresentou um projeto de lei que garante a inclusão de cotas raciais, o qual foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em 15 de outubro. Esta nova legislação unificou propostas que já estavam em tramitação na Alepe, apresentadas pelos deputados Dani Portela (Psol), João Paulo Costa (PCdoB) e Rosa Amorim (PT).