O Maranhão estabeleceu como meta reduzir em 50% as filas de transplantes de rins e fígado até 2025. Para contribuir com esse objetivo, o Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM) foi certificado pelo Ministério da Saúde para realizar captação e transplantes desses órgãos, tornando-se a primeira unidade da rede estadual de saúde com essa habilitação.
Durante visita ao HCM, o governador Carlos Brandão destacou a importância da certificação para o estado. “Essa conquista é resultado de um rigoroso processo de avaliação, que atesta a capacidade da nossa instituição de oferecer um serviço de alta qualidade e segurança aos pacientes. Com essa certificação, contribuímos para a redução da lista de espera, dando mais esperança aos maranhenses que aguardam por um transplante, proporcionando uma nova chance de vida”, afirmou.
Atualmente, 185 pessoas aguardam por transplante de rim e 11 por fígado no Maranhão. Com a certificação do HCM, o estado agora conta com três centros especializados em transplantes, incluindo o Hospital Universitário Presidente Dutra (HU-UFMA) e o Hospital São Luís.
A subsecretária de Estado da Saúde, Liliane Neves, ressaltou que o reconhecimento evidencia a qualidade dos serviços oferecidos. “Essa certificação é um reconhecimento da qualidade dos nossos serviços e da nossa equipe. Representa um avanço significativo para a assistência à saúde dos maranhenses”, explicou.
Os primeiros transplantes no HCM estão previstos para abril de 2025. Até lá, equipes médicas, como cirurgiões, nefrologistas e especialistas em terapia intensiva, passarão por treinamentos específicos para garantir a segurança e eficiência dos procedimentos. Além disso, a unidade ampliou sua estrutura com serviços de acompanhamento pré e pós-transplante.
Nos últimos anos, o Maranhão registrou avanços na área de transplantes. Em 2024, foram realizadas 64 captações de órgãos e 420 transplantes de córnea. O HU-UFMA também realizou 50 transplantes de rim e 15 de fígado no mesmo período.
O coordenador da Central Estadual de Transplantes do Maranhão (CET-MA), Hiago Bastos, enfatizou os progressos alcançados. “Nós reduzimos muito a fila de transplante ao longo desse último ano e alcançamos posições importantes no ranking nacional. Um total de 500 pessoas deixaram a fila de espera por um transplante, mas sabemos que ainda há mais por ser feito. Nós só vamos descansar quando efetivamente o Maranhão for um estado de fila zero”, afirmou.
De acordo com dados nacionais de 2023, foram realizados 6.047 transplantes de rim e 2.365 de fígado no Brasil. Com a inclusão do HCM na rede de transplantes, o Maranhão espera ampliar sua capacidade de atendimento, reduzindo os tempos de espera e oferecendo melhores perspectivas para os pacientes que dependem desse tipo de tratamento.