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Governo do RN anuncia perfuração de terceiro poço exploratório em águas profundas na Bacia Potiguar
24 de agosto de 2025 / 19:20
Foto: Divulgação

A Petrobras anunciou a perfuração de um novo poço exploratório na Bacia Potiguar, localizada no Rio Grande do Norte. A informação foi divulgada pelo governo estadual neste sábado (23), após uma reunião entre a governadora Fátima Bezerra e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, realizada na sexta-feira (22).

O poço, que receberá o nome de Mãe Ouro, está situado a aproximadamente 52 km da costa e a mais de 2 mil metros de profundidade. Esta nova iniciativa se junta aos poços Pitu Oeste e Anhangá, que já foram perfurados na mesma região e estão atualmente em fase de análise de viabilidade técnico-comercial. Todos esses poços fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

O governo do Rio Grande do Norte informou que, segundo a Petrobras, os levantamentos sísmicos realizados na área indicam um “forte potencial de descoberta de petróleo”, o que poderia viabilizar a produção através da formação de um cluster offshore, conceito que se refere às atividades econômicas que ocorrem no mar.

A previsão é que a sonda chegue ao local em janeiro, aguardando a autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) para a transferência. A governadora Fátima Bezerra destacou que a perfuração do terceiro poço demonstra o compromisso da Petrobras em explorar petróleo e gás na Margem Equatorial, o que pode trazer significativas oportunidades de desenvolvimento econômico para o estado, incluindo a geração de empregos e renda.

As perspectivas para o poço Mãe Ouro são animadoras, com a possibilidade de consolidar um cluster de produção de petróleo e gás offshore no Rio Grande do Norte. Durante a reunião, também foi agendada uma visita da presidente Magda Chambriard ao estado em outubro, onde serão discutidos novos investimentos e parcerias.

Bacia Potiguar e Desafios Ambientais

A Bacia Potiguar está situada na Margem Equatorial, uma área que se estende por mais de 2,2 mil km ao longo da costa entre o Rio Grande do Norte e o Oiapoque, no Amapá. Considerada a mais nova fronteira exploratória do Brasil em águas profundas e ultraprofundas, a região já foi chamada de “novo pré-sal”. No entanto, ambientalistas alertam que a exploração petrolífera pode acarretar sérios impactos ambientais, afetando diretamente o território amazônico. Além da Bacia Potiguar, a Margem Equatorial inclui as bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas e do Ceará.

Recentemente, a Petrobras fez descobertas significativas na Bacia Potiguar:

  • Petróleo no poço Anhangá: Descoberto em abril de 2024, a acumulação foi encontrada a uma profundidade de 2.196 metros, a 79 km da costa potiguar.
  • Hidrocarboneto no poço Pitu Oeste: Descoberto em janeiro de 2024, a presença da substância foi registrada a 52 km da costa, mas a viabilidade econômica ainda está sendo avaliada.

Ambos os poços estão a cerca de 24 km de distância um do outro e continuam passando por avaliações complementares pela Petrobras.

Em 2023, a Petrobras havia interrompido suas operações em terra no Rio Grande do Norte, após vender todos os ativos no estado, incluindo a refinaria Clara Camarão. Contudo, meses depois, a empresa reabriu sua sede no estado e anunciou a criação de um centro especializado em energia renovável em Natal.