
Professores da rede pública estadual do Rio Grande do Norte iniciaram uma greve por tempo indeterminado, reivindicando a aplicação do reajuste de 6,27% no piso salarial da categoria. A decisão pela paralisação foi tomada em assembleia realizada na terça-feira (25), após os servidores rejeitarem uma proposta do governo que previa o parcelamento do aumento. Na manhã desta quarta-feira (26), diversas escolas já estavam sem aulas.
A greve ocorre apenas 15 dias após o início do ano letivo nas instituições estaduais. Em escolas como a Floriano Cavalcanti e a Nestor Lima, localizadas em Natal, os alunos não tiveram atividades. No entanto, na Escola Estadual Professor João Tiburcio, que oferece ensino em tempo integral, as aulas ocorreram normalmente pela manhã.
O sindicato que representa os professores orientou os docentes a comparecerem às escolas nesta quarta-feira para dialogar com a comunidade escolar e esclarecer os motivos da greve. Até a próxima sexta-feira (28), o sindicato planeja realizar assembleias regionais em várias cidades do interior do estado.
A categoria exige que o reajuste de 6,27% seja aplicado de maneira linear a todos os professores. A proposta do governo, que sugeriu o parcelamento do aumento até o final do ano, não foi bem recebida pelos educadores. Durante a assembleia que resultou na greve, os servidores aprovaram uma contraproposta para que o reajuste fosse implementado em março, juntamente com o pagamento do retroativo.
Em uma nota divulgada na noite de terça-feira (25), o governo do estado ressaltou que está tratando o assunto como prioridade. O comunicado afirma que, em decorrência de uma ação do Ministério Público, o governo tem mantido um diálogo constante com o MP e o Sindicato dos Professores, buscando garantir a aplicabilidade do piso salarial, conforme estabelecido pela Lei 11.738.
A nota ainda menciona que, ao final de 2025, o reajuste resultará em um ganho acumulado de 98,25% para a categoria, considerando o período de 2019 a 2025. O governo enfatiza que essa conquista representa um compromisso com a valorização dos educadores e a busca pela integralidade e paridade salarial.